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Artigos-->PUSILANIMIDADE -- 09/10/2009 - 07:56 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








PUSILANIMIDADE



Padre João Modesti




Um dia o grande hindú, Gandhi, num barco com um missionário católico, lia um livro. No fim da leitura perguntou ao missionário: “Com esses ensinamentos vocês ainda não converteram o mundo?” Tinha razão o grande líder da Índia. O Cristo viera para mudar a mentalidade então dominante do paganismo onde os piores valores estavam no topo e os melhores mergulhadores na lama. Com o seu novo mandamento que resumia toda a sua doutrina: “Amai-vos uns aos outros. Fazeis aos outros o que quereis que vos façam”.



Mas contra isso levantou-se uma grande barreira: O EGOÍSMO. Diz ele: “Eu estou bem, os outros que se avenham”. Daí o mundo em vez de ser um lar florido tornou-se uma jaula de feras.



Esse egoísmo não olha para ninguém a não ser o próprio EU. Adeus fraternidade adeus cristianismo.



Nestes dias lemos na mídia um triste fato. Dois carros se chocam. Quebram-se os espelhos dos autos e nada mais. Desce um homem para reclamar contra o ocupante do outro carro que estava na contramão. Este sem mais nem menos mata o pobre pai de família (que assistiu horrorizada). Havia uma multidão que assistia o massacre. Ninguém acudiu. Ninguém disse nada. O EGOÍSMO de cada um dizia: Isso não é comigo. Ninguém sequer notou o número da chapa do carro do assassino. Garanto que a maioria se dizia cristã. Que cristianismo! De estatística ou de tradição da família, mas não da observância de seus preceitos. O EGOÍSMO os tornou pusilânimes, cavardes. Esqueceram que a vítima era um irmão.



As causas são muitas para essa pusilanimidade: “Não me meto na vida alheia”. Não quero encrenca com os assassinos se eu os apontar. “Perderia muito tempo se quisesse testemunhar (há muita burocracia e perda de tempo nisso) e quejandos argumentos”. Quando alguém é chamado pessoalmente de COVARDE irrita-se e quer ir até ao esforço físico. Mas estando na multidão, desaparece essa coragem, torna-se um anônimo pusilânime. Se praticássemos a verdadeira fraternidade cristã não olharíamos os incômodos que poderíamos per pelo auxílio prestado à vítima mas recordaríamos da frase do Cristo: “Fazer aos outros o que quisera que fizessem comigo”.



Coitado do Cristo! Padeceu uma tremenda paixão para que o mundo se tornasse um éden florido. Ao invés o mundo se transformou numa grande jaula, onde cada pessoa é um lobo para a outra. Pobre multidão de covardes, que permite a troca de uma vida por um espelho.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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