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Artigos-->BRASIL COLÔNIA - QUESTÕES DE VESTIBULARES - JULHO DE 2009 -- 08/10/2009 - 08:22 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BRASIL COLÔNIA – QUESTÕES DE VESTIBULARES – JULHO DE 2009.



Compiladas pelo Prof. Edson Pereira Bueno Leal





1 MACKENZIE JULHO 2009 BRASIL COLÔNIA



Na historiografia brasileira, encontramos um debate que procura responder a seguinte questão: tendo em vista sua estrutura geral, poderíamos classificar o Brasil-colonia como um exemplo tardio de Feudalismo?

Analisando a estrutura colonial brasileira, podemos refutar a hipótese de Brasil feudal, considerando que

a) a produção colonial, embora agrícola, visava ao abastecimento do mercado externo, obedecendo à lógica do Capitalismo Comercial.

b) o controle politico das Capitanias Hereditárias esteve, exclusivamente, nas mãos dos donatários, oriundos da alta nobreza portuguesa.

c) o progresso da colônia assentava-se sobre a servidão coletiva imposta a índios e africanos.

d) a economia colonial desenvolveu um comercio interno insignificante, sobretudo durante o ciclo da mineração.

e) a sociedade colonial era, juridicamente, classificada como estamental, tendo em vista a impossibilidade legal de libertação de escravos.





2 FGV 2009 ADMINISTRAÇÃO COLONIZAÇÃO PORTUGUESA



Esta Província e a vista mui deliciosa e fresca em grande maneira: toda vestida de mui alto e espesso arvoredo, regada com águas de muitas e mui preciosas ribeiras de que abundantemente participa toda a terra, onde permanece sempre a verdura com aquela temperança da primavera que ca nos oferece abril e maio. E isto causa não haver la frios, nem ruínas de inverno que ofendam as suas plantas, como ca ofendem as nossas.

(...) Estes índios [...] são mui desonestos e dados a sensualidade, e assim se entregam aos vícios como se neles não houvesse razão de homens: ainda que, todavia em seu ajuntamento os machos e fêmeas tem o devido resguardo, e nisto mostram ter alguma vergonha.

A língua de que usam [...] carece de três letras, contém, a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto porque assim não tem Fe, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente [...].

Gandavo, Pero Magalhães. Tratado da Terra do Brasil; Historia da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1980, p. 82, 122 e124.

A descrição acima refere-se ao Brasil e revela algumas características da cultura européia no século XVI. A esse respeito e correto afirmar que:

a) no texto, valoriza-se a prodigalidade dos recursos naturais e do clima, numa descrição que aproxima as terras brasileiras das características creditadas ao Paraíso Bíblico.

b) a desonestidade atribuída aos indígenas referia-se a influencia da cultura muçulmana, considerada infame e degradante pelos padrões culturais europeus condicionados pelo cristianismo.

c) a demonização das terras do Novo Mundo realizou-se simultaneamente a atribuição de características edênicas de perfeição espiritual as populações indígenas, o que viria a justificar as missões religiosas.

d) o reconhecimento de características semelhantes tanto do ponto de vista da natureza quanto da vida social facilitou a ação colonizadora dos portugueses nas terras do Novo Mundo.

e) o contato inicial com o Novo Mundo permitiu aos europeus abandonarem antigas lendas medievais e referencias bíblicas que classificam os povos indígenas a partir, exclusivamente, de seus próprios atributos culturais.





3 UNESP JULHO 2009 PROPRIEDADE FUNDIÁRIA NA COLÔNIA



A produção açucareira [do Brasil] colonial exigiu, além da constituição de formas específicas de trabalho, configuração peculiar da propriedade da terra. (Vera Lúcia Amaral Ferlini, Terra, trabalho e poder)

Identifique e analise essa “configuração peculiar da propriedade da terra”.





4 UNESP JULHO 2009 ÍNDIOS PERÍODO COLONIAL



Sobre o tratamento dispensado aos índios no período colonial, pode-se afirmar que

a) os colonos de varias regiões do Brasil e os representantes das ordens religiosas, especialmente os jesuítas, entraram em conflitos, pois defendiam formas diversas nas relações com as sociedades indígenas.

b) as ordens religiosas de origem portuguesa e os grandes proprietários rurais defendiam a escravização indiscriminada dos povos indígenas, mesmo para aqueles que fossem catequizados.

c) com o inicio do trafico negreiro para o Brasil em fins do século XVI, uma ampla legislação do Estado português de proteção aos índios passou a vigorar, cessando de imediato a escravidão indígena.

d) para a Igreja Católica e para os senhores de escravo, árduos defensores do sentido religioso da colonização do Brasil, a escravização indígena deveria ser um instrumento de conversão religiosa.

e) a experiência de escravização dos povos indígenas no Brasil foi efetiva em poucas regiões do nordeste, em atividades de menor importância econômica, e apenas nas primeiras décadas da presença lusa.



5 ENEN 2009 ESCRAVIDÃO BAHIA



O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:

1.o – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;

2.o – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;

3.o – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;

4.o – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.

A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).

Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que

(A) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.

(B) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.

(C) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.

(D) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.

(E) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.



6 UNESP JULHO 2009 QUILOMBOS



Esse quilombo [Quaritere, em 1769, próximo a Cuiabá], liderado pela Rainha Tereza, vivia não apenas de suas lavouras, mas da produção de algodão que servia para vestir os negros e, segundo alguns autores, até mesmo para funcionar como produto de troca com a região.

Possuía ainda duas tendas de ferreiro para transformar os ferros utilizados contra os negros em instrumentos de trabalho. Sua destruição foi festejada como ato de heroísmo, em Portugal. (...)

(Jaime Pinsky, A escravidão no Brasil)

A respeito dos quilombos, pode-se dizer que

a) não representavam ameaça a ordem colonial, na medida em que não visavam por em questão o poder metropolitano.

b) sua duração efêmera revela a pequena adesão dos escravos as tentativas de contestação violenta ao regime escravista.

c) o combate violento a organização quilombola era uma prioridade, por esta representar a negação da estrutura social e produtiva escravista.

d) mantinham relação permanentemente hostil com a população vizinha, constantemente ameaçada pelos raptos de mulheres brancas.

e) sua organização interna priorizava os aspectos militares, o que acabava por inviabilizar a realização de outras atividades.

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