Usina de Letras
Usina de Letras
72 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62137 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10447)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10331)

Erótico (13566)

Frases (50547)

Humor (20019)

Infantil (5415)

Infanto Juvenil (4748)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140778)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6172)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Entardecendo -- 03/11/2002 - 14:02 (gisele leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando caiu a tarde

o sol vermelho

também caiu dentro de mim

inundando minha alma fria

de recordações



e nos laivos violetas do céu

caminhavam suspiros incontidos

havia reticências vagas

pontilhadas por milhões de vagalumes

perpetuados numa treva medieval



E sob a abóbada celeste

a tarde morta

jazia dentro do cristalino



o dia acabou

passou tão impunemente

que não senti

não lhe dirigi palavras



e nem o peso da gravidade,

da penumbra e

da neblina

que me furtava as imagens

e as sensações

na linha retrospectiva





só havia parcas reminiscências

assim dormentes sob a retina

como um carinho leve sobre a face,

feito pela brisa

sobre a mão

de seda que acariciava

o frio veludo

áspero e rebelde da mente



quando finalmetne

veio o véu negro da noite

o brilho da noite

ainda me parecia enigmático

perguntava-me sobre a vida

e, eu silenciosa respondia

com meu simples contemplar



eu era mais um reles animal

sobre a Terra

encantado com a vida

e preocupada com a morte,

com imensa finitude das coisas

o que me deixava

desoladamente feliz e triste

num só momento.

Eu estava apenas me entardecendo.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui