Pois Cá Vou... Amigo Brito!... Dê-se fibra ao Cordel Bem tecendo e com garra De linho feliz a amarra À mesa da liberdade... Quiçá se faça com mel Nesta imparável colmeia Esplêndida mão-cheia De saudável amizade!
Pois cá vou... Amigo Brito De mochila carregado Sem faca e desarmado Sob as aragens do mito Rodeado de infinito Na grande exploração À procura de um leão Que nesta selva tem fama De se aproveitar da cama Dos da sua condição. Segundo a predição De famosos feiticeiros Alguns grandes garimpeiros Morreram de exaustão Por lhes faltar o condão De bem saber procurar Hora certa e lugar Para enfrentar com fé Tal leão que afinal é Rei exímio e exemplar. Um leão?!... Dá pra cismar Como é que alguém se lembrou Do título que lhe deitou E assim o foi crismar Rei total e sem par Da frondosa floresta... Esse sim... É que não presta Por apenas revelar A predação milenar Onde vive e ainda resta. Também existe uma besta De estranho e fero nome Talvez sedento e com fome À procura de uma fresta Por onde meta o beicinho Armado em engraçadinho No rasto de uma leoa Que arranhou um leopardo Mas quem se faz de javardo Mal anda e mal se assoa. Mas há também coisa boa Bicharada de eleição Macaca e macacão Girafa, pavão de proa Um gorila de Lisboa Um papagaio erudito Um cisne!... Muito mosquito Nesta selva nada falta E com toda esta malta Pois cá vou... Amigo Brito! Pensamento: Quando se encontra um amigo Neste mundo tão sisudo Melhor se lhe enfrenta o perigo E a boa-fé vale tudo!
Um Abraço Torre da Guia |