Versos à Liberdade de Sebastião Batista*
Gonçalo Ferreira da Silva*
Os poetas em geral
E eu particularmente
Tivemos subitamente
Um choque emocional
Pois o Pai Celestial
Que a tudo rege e governa
Disse com voz pura e terna
No celeste paraíso:
- Sebastião eu preciso
De ti na morada eterna.
Sebastião, servilmente
Ordeiro, manso, educado...
Obedeceu ao chamado
Do Deus Pai Onipotente
E nós na Terra somente
Temos a convicção
Ainda que esta Nação
Todos os vates reúna
Ninguém preenche a lacuna
Que deixou Sebastião.
Sebastião foi amante
Da sublime poesia
E ao falar parecia
Um evangelho ambulante
A voz mansa aconchegante,
Olhar conciliador
Sorriso de terno amor...
Entristecido lamento
O desaparecimento
Do grande pesquisador.
(*) Sebastião Batista : grande pesquisador da cultura popular, falecido. Paraibano de Teixeira-Pb -Irmão do poeta Paulo Nunes Batista.
(*) Gonçalo Ferreira da Silva: cordelista, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel –Rio- Autor de vários livros e opúsculos sobre literatura de cordel.