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Artigos-->HONESTIDADE E DESONESTIDADE -- 02/10/2009 - 17:21 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








HONESTIDADE E DESONESTIDADE



Padre João Modesti




Tempo houve em que uma pessoa fazia questão de ser chamada honesta. A palavra contrária era ofensa imperdoável. O honesto fazia seus negócios sem dolo ou fraude; era pessoa de palavra, mesmo que tivesse que sofrer um prejuízo.



Muitas vezes perdia tudo o que possuía para manter o seu nome ilibado e aureolado com a palavra honestidade. Houve caso de pessoa alticolocada que se tirou a vida por não ter podido em certas circunstâncias, manter a sua palavra e correr o perigo de ser acoimado de desonesto.



Modernamente o honesto corre o perigo de ser chamado de tolo, de bobo, que não sabe viver. Manter a palavra, nunca se isso trouxer alguma perda; ser sério nos negócios nem pensar; o que cala é o lucro que posso ganhar, o maior possível.



E eis mais uma aberração humana. O desonesto é aplaudido pela sociedade como esperto e que sabe viver e o honesto é motivo de chacotas e até de desprezo.



Conta o escritor Monteiro Lobato de um homem por ter restituído uma carteira encontrada num trem, foi injuriado por membros de sua família, por seus colegas de trabalho. E desesperado suicidou-se. E afirmava patrício: “Morreu o último homem honesto”.



Somente acontece que o desonesto tem algum resquício de consciência, no seu íntimo deve sofrer, por se ver um alejão humano em vez de uma pessoa humana feita à imagem e semelhança de Deus. Ao passo que o honesto, mesmo na sua pobreza e situação pouco agradável perante a sociedade, sente um prazer íntimo que não há palavras para descrevê-lo e percebe que merece o título de pessoa como Deus quer.



Não é fácil ser honesto, mas não é impossível. Dependerá do ambiente em que foi educado e dos exemplos que teve em família. Ademais é pesado ter esta virtude porque vai contra a tendência humana do “ter mais” mesmo de qualquer maneira. Ao passo que ser desonesto é a coisa mais fácil. Age sem esforço, pois tem essa tendência; viu muitos da sua laia sair-se bem.



É aplaudido pela sociedade. Somente que no dia da morte valeu a pena aquela dificuldade do honesto. E o desonesto?





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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