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Artigos-->HIPOCRISIA -- 02/10/2009 - 17:20 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








HIPOCRISIA



Padre João Modesti




Estão se aproximando as festas carnavalescas. Um dos elementos das fantasias quase sempre é a MÁSCARA. Com ela o indivíduo pode externamente mudar de personalidade, conforme o gosto. Na história grega se lê que nas tragédias havia sempre um indivíduo que fazia perguntas ao coro. Conforme as perguntas ele usava uma máscara. Ora era rei, ora escravo, ora militar, ora mendigo e assim para frente. Em grego era chamado “hipocratés” do verbo “hipocrínomai” que quer dizer representar. Donde em português veio a palavra hipócrita que indica pessoa falsa.



Ora, diz bem lá a canção sertaneja que no “grande circo da vida” o uso de máscara é abundantíssimo. Quanta falsidade. Externamente o indivíduo parece sério, na intimidade é um saco de leviandade. Parece delicado no trato externo, mas no recesso do lar ou no lugar do trabalho é uma déspota. Quantas pessoas que na aparência mostram uma grande religiosidade, mas no seu interior reinam soberanos os vícios mais torpes. Na sociedade a pessoa é considerada um gentil-homem. No recesso do lar é um bruto desalmado.



Tivemos e teremos eleições. Como o uso da máscara se multiplica. Quantas promessas, sorrisos, beijinhos, batidas nos ombros, abraços, uma bebida juntos. Promessas de transformar uma cidade, estado ou nação em um país de maravilhas. E essa máscara engana tantas pessoas. E depois? Tudo continua na mesma, senão pior. Os tais atos de amizade fictícia pré-eleitoral foram esquecidos. É o carnaval da vida.



Em certos ambientes sociais (bailes, reuniões, banquetes, homenagens etc.) quantos sorrisos, beijinhos, elogios, convites etc. Mas depois lá em casa quantos risos de mofa, quantas críticas, quantos apelidos. O jogo da máscara continua no circo da vida.



O pior que muitas vezes esse uso de máscara a gente aprende em casa desde a mais tenra idade. Em vez de se formar um homem digno deste nome, forma-se um “hipocratés”.



Lemos no livro santo que o Cristo, sempre bondoso com todos os pecadores, tinha uma linguagem veemente e forte contra os fariseus. Por quê? Porque eram HIPÓCRITAS.



Com hipocrisia enganavam muita gente.



Hoje é a mesma coisa. Quanta gente acredita em máscara e não na realidade do rosto. Cristo chamava os hipócritas de “sepulcros caiados”. Por fora mármore, granito, por dentro podridão. De quantos sepulcros dessa laia estamos rodeados.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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