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Poesias-->7.O DIA -- 02/11/2002 - 08:15 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



A raiva que sentimos muitas vezes

Reflete o destrambelho das misérias:

As vibrações da gente são bem sérias,

Se os pensamentos forem mui soezes.



Carente de gozar algumas férias,

Depois de trabalhar durante meses,

Obtenham os estilos bons jaezes,

Os temas, há de ver beirando a lérias.



Assim, sem se esforçar, deixa o recato

Inútil, que o ditado lhe faz mossa.

Sabendo que a atitude é desacato,



Pergunta se, com ele, há quem possa.

Aí o que se atreve paga o pato,

Que o máximo que alcança é esta “joça”.









II



O lucro desta tarde de poesia

Está no cumprimento do dever,

Não tanto pela estrofe que escrever,

Bem mais para firmar filosofia.



Por isso, um verso bom nos fará crer

Que o tema que se assunta arruinaria,

E outro que falseia a melodia

Terá para o mortal maior poder.



Depende de quem lê a sã Doutrina,

Que um simples verso torto desconcerta.

Não é o que Jesus por bem ensina?



Quem é que, estando zonzo, está alerta?

Quem é que, sendo mau, a amar se inclina?

A dor é que mantém a alma aberta.









III



Importa ao bom leitor a bela rima,

Querendo sempre mais do nosso plano.

Porém, temos limites, que é insano

Pensar que o nosso verso nos redima.



Queremos que, no mundo, o desengano

Não ouse arruinar a nossa estima.

Assim, quando esperar uma obra-prima,

Não pense que nós somos “pé-com-pano”...



Lembranças de Jesus são suficientes

P’ra pôr em movimento sua cabeça,

Que algumas das lições são muito “quentes”.



Por isso, é bom que sempre estabeleça

As normas p’ra estudar mais eficientes,

Fazendo que o soneto no bem cresça.









IV



Corremos pela raia mais externa,

Distante dos primeiros dessa fila,

Que a lei todos teremos de cumpri-la,

Firmada no Universo como eterna.



Assim, quem mora numa simples vila

Ou passa a temporada na caserna

Não pode pretender a quem governa

Dizer que não compreende por que estrila.



Atropelamos, nesta reta, assim,

P’ra não ficarmos trôpegos no fim:

Algo de bom havemos de deixar.



Se esta imagem turfística valer,

Iremos encerrar nosso dever:

Também é bom quem chega devagar.









V



Quando Jesus nos disse, lá no monte,

Que o pobre se haveria de exaltar,

Sabia que seria devagar

Que o povo construiria sua ponte.



Aquele que não pode se humilhar,

Conquanto a tal vaidade não se aponte,

Por mais que enxergue longe no horizonte,

Não vai a outra margem divisar.



Sossegue o coração, amigo velho,

E estude cada ponto do “Evangelho”,

Que ali vem resumida a sã Doutrina.



Querendo um pouco mais, leia Kardec:

Não deixe que a visão dos olhos seque,

Que a dor nem sempre o bem ao povo ensina.









VI



Sagrado despertar está na fé

De que fazer o bem é transcendente.

Feliz é todo aquele que amor sente,

Sabendo que esse rio sempre dá pé.



Por isso, o nosso verso se ressente

De alguém disposto a dar-lhe cafuné,

Que a turma que verseja sempre é

Aquela que se faz inconveniente.



Por que não confiar em que o leitor

Consiga desfazer as armadilhas

Que a vida não lhe cansa de dispor?



As águas que no mar batem nas quilhas

Apenas nos comprovam que há valor

Nas rimas que tratamos como filhas.



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