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Artigos-->Dunga?! -- 21/09/2009 - 21:39 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Neste momento,setembro de 2009, em que o Dunga se tornou uma quase unanimidade nacional, nada melhor do que recordar o seu início na seleção, e como o encarávamos na época - artigo publicado em agosto de 2006 -.



Dunga?!

Carlos Claudinei Talli



E não é que a insensível e previsível CBF fez o diagnóstico certo. Percebeu, com apenas quatro anos de atraso, e só depois de a vaca ter ido pro brejo, que o grande problema da seleção brasileira era a ausência completa de lideranças, tanto dentro como fora das quatro linhas.



Aliás, nós aqui nesta coluna clamávamos aos céus que, principalmente depois de 2004, os sinais de falta de liderança estavam cada vez mais evidentes. Inclusive, num dos artigos de 2005, ‘A bomba relógio’, colocávamos no mesmo balaio a nossa excepcional seleção sub-23, que perdera a vaga para a Olimpíada de Atenas, as nossas badaladas seleções de futsal dos consagrados Falcão e Manoel Tobias e de futebol de praia dos extragalácticos Jorginho e Nenem, desclassificadas dos mundiais de Taiwan e de Copacabana, respectivamente, e a então seleção brasileira de futebol que se preparava para a Copa de 2006, na Alemanha. Enxergávamos o mesmo caldo de cultura nas quatro. Naquela ocasião, alertávamos para o fato de estarmos adquirindo aquela famosa qualidade característica do que se convencionou chamar ‘mulher de malandro’: estávamos apanhando nas decisões mais importantes e, pasmem, parecia que estávamos gostando. E tudo por falta de lideranças que se impusessem nos momentos difíceis, tanto dentro como fora dos campos de disputa.



Pois bem, após a perda do mundial da Alemanha, parece que finalmente a CBF enxergou a raiz do problema, e partiu para uma solução radical.



Qual foi o nosso último líder dentro das quatro linhas? Acredito que por unanimidade a resposta é Dunga. Então, nada mais fácil: vamos guindá-lo ao cargo de treinador do nosso selecionado. ‘Elementar, meu caro Watson’.



O curioso é que o detalhe mais importante, e talvez a origem de um futuro problema, não foi considerado: o Dunga nunca dirigiu qualquer time, em qualquer lugar do mundo. Isso já aconteceu antes com o Falcão, e não deu certo. No mínimo, uma enorme incógnita. Assim, percebe-se que a CBF, mesmo quando acerta na atitude, erra na dose.



É lógico que apesar de tudo isso, o Dunga pode dar certo. Nos seus tempos de jogador, comparando-o ao Falcão, perdia longe em qualidade técnica, mas sempre esteve a anos luz de distância em capacidade de liderança. E esse é o quesito mais em falta no futebol brasileiro atual. Craques nós temos, até em excesso, o que nos falta é liderança. Mas, convenhamos, o caminho escolhido poderia ter mais bom senso. Se não quiséssemos ficar nos figurões de sempre, Luxemburgo, Scolari e Leão, líderes incontestáveis fora das quatro linhas, por possíveis vícios adquiridos, porque não o atual técnico do São Paulo, Murici Ramalho, que também é um líder nato, e está fazendo um trabalho sensacional no São Paulo?



A não ser que a CBF, espertamente, como anteriormente parece que fez com o próprio Falcão, tenha escolhido o Dunga como técnico tampão, neste momento conturbado pós-fracasso na Alemanha, só pra desviar as atenções. Em caso de insucesso, é muito mais fácil demitir um ‘técnico’ que nunca foi técnico.



E só de pensar nessa hipótese, me faz ter comichões. Por isso, a partir de hoje, sou Dunga desde criancinha. Só pra perturbar os planos dos maiorais do nosso futebol.



E, também, por que o Dunga merece.







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