Parado sinto as minhas lágrimas nos olhos fixos descerem no rosto da alma, sem perdão.
Adiante olho ao redor e vejo pessoas caminhando em minha direção, andando sem parar.
São dores que daqui pra lí, daqui lá, de lá pra cá soam num grito desordenado, um grito calado ensurdecedor.
Parece que ninguém tem a cura, vivemos num inferno,vivemos sem saber o que pensar ou falar.
As vezes penso que as correntes nos escravizam,
As vezes penso e sem ter com quem conversar me sinto num mar a me afogar, a me matar.
Tenho pena de nós, pois além dos males, não temos quem verdadeiro nos ouça.
E diante dessas tormentas acreditamos no impossível, vendamos os olhos e mazoquistas aceitamos da morte o beijo que nos eternizará no nada.
Deixamos de acreditar que no futuro do presente, logo a pós a noite doente, o sol há de levantar.
Quase sempre pensamos que o mal vem nos visitar. Contudo, o muro e os murros que acrescentamos as paredes, fomos nós quem pelo lado errado das coisas construímos sem pensar.
Se revolvermos a intolerância, a mediocridade, a ganância e o egoísmo exagerado, quem sabe não possamos amar ?!...
Se eu me vencer não haverá por que viver a vida morrendo e causando a morte.
A luz que vicejará dos meus olhos será o caminho do sol que todos os dias com certeza há de vingar na minha janela.