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Artigos-->MUDEMOS A MENTALIDADE¬ E JÁ! -- 09/09/2009 - 18:57 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MUDEMOS A MENTALIDADE; E JÁ!



Paccelli José Maracci Zähler





O título do presente relato foi tomado emprestado do conto “Eficiência Militar (historieta chinesa)”, de autoria do célebre escritor Lima Barreto, do qual sou fã incondicional, publicado na Revista CARETA, Rio de Janeiro, em 9 de setembro de 1922.

No conto, Lima Barreto nos brinda com a história de Li-Huang-Pô, vice-rei da Província de Cantão, Império da China, e de Fu-Shi-Tô, general do exército a serviço do vice-reinado.

O vice-rei andava desanimado porque todas as medidas tomadas para melhorar a eficiência do exército encarregado de protegê-lo e à província haviam fracassado.

Foi então que, ao assistir o fiasco das manobras executadas pelo seu bem alimentado e equipado exército, recebeu a sugestão do comandante em chefe, o general Fu-Shi-Tô, de que os “defeitos” da tropa eram fáceis de remediar, pois bastava trocar o uniforme.

O vice-rei Li-Huang-Pô, após meditar algum tempo, sentenciou:

- Mudemos o uniforme; e já!

A historieta de Lima Barreto me reportou a um tema atual. Animados por um artigo de autoria do jornalista André Trigueiro, intitulado “A farra dos sacos plásticos”, escrito em 2003, algumas grandes redes de supermercados e governos estaduais, apoiados por organizações não-governamentais que atuam em Educação Ambiental, começam a se mobilizar para reduzir o uso do plástico.

A medida, embora tenha um impacto positivo na opinião pública, não resolve o problema da permanência do plástico por centenas de anos no meio ambiente porque outras “necessidades” são “criadas”.

Já se vê nos caixas das grandes redes de supermercados sacolas “ecológicas” à venda para colocar as mercadorias recém-compradas. Nas gôndolas, o preço dos sacos plásticos específicos para lixo anda pela hora da morte.

Em outras palavras, o supermercado deixa de fornecer o saco plástico com a sua marca, cujo valor está (e continuará) incluído no preço da mercadoria e ainda lucra com a venda das sacolas “ecológicas” e com os rolos de sacos plásticos exclusivos para lixo; e ainda sai a alardear sua “responsabilidade ambiental”, apoiada por governantes “politicamente corretos” que só se preocupam com o nosso voto nas próximas eleições.

Simplesmente está se trocando seis por meia-dúzia, isto é, deixaremos de usar a sacola plástica com a marca do supermercado e adquiriremos sacolas “ecológicas” e rolos de sacos plásticos para colocar o lixo.

Onde está a redução do uso do plástico? Não seria mais proveitoso acabarmos com o consumismo de bens inúteis? Não é melhor nos preocuparmos com a reciclagem das lâmpadas fluorescentes, das baterias de celulares, com as emissões de gases tóxicos dos carros, aviões, navios, caminhões e ônibus de transporte coletivo? Ou, quem sabe, acabar com a ligação entre a novidade tecnológica e o status social?

Assim, parafraseando Lima Barreto, ouso decretar:

- Mudemos a mentalidade; e já!





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