Usina de Letras
Usina de Letras
121 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50586)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->AGONIA - O CAPÍTULO COLLOR DA HISTÓRIA DO BRASIL -- 03/09/2009 - 16:15 (Joel Ribeiro do Prado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AGONIA – O CAPÍTULO COLLOR DA HISTÓRIA DO BRASIL



Vendo um ex-Presidente da república, fazer cara de pit bull e rosnar ameaçadoramente para um colega de outra raça e de ilibada vida pública, creio oportuno voltar ao ano de 1992 e colocar aqui um pedaço do retrospecto de sua excelência o Senador Fernando Collor de Mello, que é o que constitui este trabalho intitulado AGONIA – O CAPÍTULO COLLOR DA HISTÓRIA DO BRASIL, através do qual pretendi retratar em versos aquele momento.



Personagens:



FERNANDO COLLOR DE MELLO

Vendido ao povo como Caçador de Marajás, adotou uma postura arrogante no governo. Pegou pelas ventas uma imprensa revigorada após a ditadura militar e foi afundando a cada ato dúbio noticiado. Subiu a rampa como mocinho e a desceu como o maior vilão que já houvera envergado a faixa presidencial. Atualmente, está no Brasil, após alguns anos vividos nos EUA. Tenta, de modo ainda manquitola, imprimir melhor rítimo à sua carreira política.





PAULO CÉSAR FARIAS

A eminência parda do governo Collor.

Morreu assassinado junto com uma amante, em Maceió, antes de ser julgado formalmente.



PEDRO COLLOR DE MELLO

Rivalizou-se com o irmão, então presidente da república, contra o qual tinha rancores de todo tipo. Punido pela mãe por tornar pública a sua relação inamistosa com aquele, iniciou um festival de denúncias contra Fernando Collor e contra Paulo César Farias. Casado com uma mulher belíssima, que teria sido cortejada pelo irmão, faleceu prematuramente, vítima de câncer no cérebro, depois de assistir ao último ato da guerra – o da renúncia de Fernando Collor à presidência do Brasil. Thereza, sua mulher, passou a ser presença constante na mídia até casar-se de novo com grandes pompas. A festa foi num castelo europeu.



ERIBERTO

O motorista dedo-duro



MARIA-NÃO-SÓ-GOMES, MARTA, MELANIAS.

As moças dos cheques



VIEIRA

O desastrado.

Tentou ajudar Fernando Collor, não conseguiu



OS CARAS-PINTADAS

A grita nas ruas para que o presidente renunciasse era nacional. Em grande parte eram estudantes.



A G O N I A



O Poder, que está doente,

Passa mal, na UTI;

Fê-lo imunodeficiente

O Pecê, da CPI



Pecê é um vírus safado,

Que dá, de cara, miasma

Em quem é presenteado

Com cheque de algum fantasma.



Miasma é aquele mau cheiro

De coisa degenerada…

Quem se troca por dinheiro

Tem a moral estragada



Anda alto a podridão

Lá nos cumes do Poder…

Mas, olhando com atenção,

Quem enxerga pode ver



Ali está o estuário

Para os rios de um dinheiro

Que se omitiu ao erário

E se diz vir do estrangeiro



Dinheiro que, rastreado,

Leva ao centro do Poder

Que tem sido leiloado

Em ações de enrubecer



É… p’ro “tigre-da-inflação”

Uma só bala no pente

E o resto da munição

P’ra chamada “minha gente”…



Via Agência Nacional,

Esse “minha” já extrapola,

Pois mete o povo em geral

No meio da corriola



É de desesperançar

Que em seguida à transição

Se veja o Brasil passar

Por tamanha humilhação



Nas regras de um trapaceiro

Não há a de dar-de-graça

Quem ganha vira parceiro

Do que vive de trapaça



Diz-se que, das parcerias,

Uma há de dois Pecês:

Um deles é o Farias

O outro? Digam vocês…



Não achando um Pecê pouco,

Alguém achou dois demais

Tachou um deles de louco

E o passou logo p’ra trás



Mas transmudou-se em guerreiro

Quem até então fora ledo

E armou um grande salseiro

Com sermão de um outro credo



Poderosa bateria

Tinha o Pecê solitário,

Mas a sua pontaria

Foi de atirador primário.



Mirando das Alagoas

Fez estragos em Brasília

Mas feriu muitas pessoas

Até da própria família



Desta, que é um matriarcado,

Tomou logo a reprimenda:

Pela mãe exonerado

Partiu de vez p`ra contenda



Atuando no capricho,

A imprensa fez-se presente

E fuçou além do lixo

Da casa do Presidente



Numa ação de engrandecer

Auxiliou a CPI

Descobrindo num chaufeur

Um esperto bem-te-vi



Bem-te-vi foi dando os nomes

Dos robôs PC Farias,

Da Maria-Não-Só-Gomes

Da Marta, da Melanias…



E a encrenca foi crescendo…

Muita gente se enredando

E o povo, espantado, vendo

O Poder desmoronando



Sendo coisa pouco usada

Apurar-se bandalheira,

O exemplo da Scheherazada

Foi tentado por Vieira



O moço, cheio de lendas,

Mas falto de documento,

Tentou mandar p´ras calendas

A hora do julgamento



Contou histórias estranhas,

Não foi sagaz nem prudente,

Metendo mais em barganhas

A si próprio e ao Presidente.



E o Poder, desfigurado,

Do seu leito olha a janela

E nos “vê”, povo enlutado,

Nas cores verde e amarela…



E em patético final,

Para evitar ser deposto,

Ao Congresso Nacional

Collor entrega o seu posto.



Joel



P.S.: Fui ler isto rapidinho pra minha secretária e não é que em rítimo de rap fica bem legal. Topo lançar.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui