Reparte em pedaços a hora de um segundo.
A flor quase sem vida, com a brisa suave reanimou.
Há uma correria imensa...
É o Sui, Bentevi,
É o Tuim, Beija-Flor
É o Sabiá...
Num bando rompem a aurora,
Descem a alvorada, seguem pro castanheiro,
Vão ao cajueiro, mergulham num razante, passam por cima do muro, vão de quintal em quintal,
Banham-se na areia do terreiro.
Por hora acomodam-se no abacateiro.
Logo depois, enfileiram-se no açaizeiro, que margeia o igarapé.
O sol vem , vem pelos galhos aquecendo as folhas,
Acordando as telhas, chamando o verão.
Chamando em paralelas, pela bandeira que hasteia-se sob um silêncio, um breve conserto estridente, que arrepia o mundo.
Lá vem o sol,
A luz que acompanha o curso do rio a confidenciar na sobras das laranjeiras a voz, dizendo que a vida começa apartir dalí.
O tempo passou, mas o amor ainda está lá. Basta acompanhar a versão dos verbos que vão de boca em boca, até o fim da tarde dizendo que o verão chegou. |