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Poesias-->PRESSÃO NA PALMA DA MÃO -- 28/10/2002 - 00:42 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PRESSÃO NA PALMA DA MÃO

-Coelho de Moraes-



A palavra aparece diretamente

Nem há o que temer

Contatos:

um discurso interior

um interior suscitado

o contacto furtivo

corpo furtivo suscitado



Sem querer, o contato

O dedo dos pés sob a mesa

a pressão desse contato

e o tremor

Abstrai-se o sentido

O gozo na ponta do dedo

Os pés furtivos descalços

E a lembrança de seu aroma



Roçar os pés

Mostrar-se perverso e apaixonado

De coisa alguma cria-se um sentido

e o sentido o faz arrepiar

É uma resposta

e Fetiches não trazem respostas

O braseiro do sentido?

A pele que quer responder?



Pressão das mãos

Pressão da perna contra as pernas

Pressão sobre os pés despidos

Joelho que não se afasta

Ela deixou que eu palmasse suas mãos

Vem um pouco para cá e repousa

recosta a cabeça enquanto tomo tua mão

Signos sutis e clandestinos



O queixo da amada envolto em linho

O beijo ardente regado a saliva generosa

O sentido resplandecente

O sentido que eletriza a mão e os pés

rasga o corpo opaco onipresente

que responde ou se retira

pois no terreno do amor

não há nada além de uma atividade

Tumultos da fala

Pressão de lábios amornados

Sugestão de pés lânguidos

e coxas entreabertas

tocar os lábios saborosos na ocasião furtiva

deixa fugir uma fragrância acri-doce

que durante três dias libera uma bacante

e a mulher deixa que tudo se faça

deixa procurar em todo seu corpo o melhor espaço

deixa dançar da melhor maneira um Baco soluçante

deixa entrar um membro intempestivo pedindo mais

mas, as saturnais

duram três dias

e nas mudança da lua uma outra imagem

toma conta do castelo

e o príncipe cai lá dessas alturas

com parte do cabelo de Rapunzel

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