Usina de Letras
Usina de Letras
154 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Vendendo caixão de defunto -- 17/08/2002 - 15:43 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vendendo caixão de defunto

Arranjei um servicinho
Bem perto da rodoviária,
Emprego de vender caixão
Feito na casa funerária.
Mandei fazer propaganda
Para o povão da cidade,
Tem caixão prá toda gente
Pro velho ao menor de idade.
Tem caixão envernizado
Roxo amarelo e o azulão,
Tem alguns com travesseiro
Venha comprar seu caixão.
Nesta semana tem desconto
Não somos de brincadeira,
Faça logo seu consórcio
E garantia prá vida inteira.
Tem com alça e confortado
O de cor roxa e amarela,
Quem comprar hoje um caixão
Têm de brinde quatro velas.
Tem caixão até com vidro
Prá todos poder olhar,
O defunto confortado
Deitado de papo pro ar.
Mas já faz uma semana
Que a casa foi aberta,
Não apareceu um freguês
Prá fazer uma oferta.
Os que passam na calçada
Vira a cara pro lado,
Outros mudaram até da rua
Deixando-me preocupado.
Peço com todo carinho
Pro freguês comprar um caixão,
Mas ele sorri da minha cara
E fala logo quero não.
- Para que eu quero um caixão?
Eu digo - prá você guardar,
Você já fica prevenido
Quando a morte te buscar.
Tem alguns que passa e olha
E faz logo o pelo sinal,
Diz logo Deus me livre
Prá longe leva esse mal.
Mas não estou desanimado


E fico na porta gritando,
Venha logo meu freguês
A mercadoria está acabando!
Procuro um para inaugurar
Com jeito muito faceiro,
Mas na loja não aparece
Candidato prá ser o primeiro.
Se quiser inaugurar
Você pode ser o primeiro,
Morra e vai contente
Descansando no travesseiro.
Como é difícil meu amigo
Trabalhar prá ganhar o pão,
Ou profissão ingrata
Essa de vender caixão.
Se não vender os caixões
Na falência vou ficar
Como vou pagar as madeiras
Que na serraria fui comprar!!!

De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba-
Agosto de 1998.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui