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Cronicas-->TRISTE REALIDADE -- 31/10/1999 - 20:41 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TRISTE REALIDADE

Leon Frejda Szklarowsky

Triste realidade a nossa. Nem o capitalismo selvagem e aviltante nem o comunismo, na verdade, o capitalismo do Estado, conseguiram resolver os grandes problemas que afligem o homem do Século XX: a fome, as guerras absurdas, a miséria, a violência, a devassidão moral, os crimes hediondos, a insegurança, a discriminação, o desemprego avassalador, enfim o materialismo insano dominam o homem, de tal forma que toda a humanidade se vê jogada no precipício sem qualquer perspectiva.
Os estadistas modernos apenas se preocupam com o saneamento económico, como se esta fosse a grande novidade e panacéia do século, capaz de dirimir todos os insucessos da sociedade, em grande parte devidos à desenfreada corrupção e à insensibilidade dos que detêm o poder.
Pasme que o País, sob a ótica da economia, situa-se no patamar excelente, fazendo inveja às grandes potências económicas deste novo milênio. E a inflação se diz debelada, a custa de não se sabe que sacrifícios. Não obstante, iguala-se aos países mais pobres do globo, no que diz respeito ao social, causando vergonha aos muitos brasileiros que, sensibilizados e mortificados, nada podem contra os poderosos.
Homens válidos, mas sem empregos, crianças famintas e desvairadas, numa orquestração sem igual, transformam essa nação numa terra sem esperança.
Basta, entretanto, que se dê uma pequena guinada, em busca de uma sociedade mais justa e solidária, em que o capitalismo democrático ocupe o lugar que lhe cabe, fazendo prevalecer a vontade individual sem ultrapassar certos limites e massacrar os que lhes estão próximos.
Afinal, este é um país não apenas potencialmente rico, com seus campos verdes, suas florestas ainda intactas, seus rebanhos invejáveis, suas indústrias estrategicamente fortes, e, por isso mesmo, a ponto de serem sucateadas.
É preciso que nossos homens de governo e nossos representantes se lembrem de que o ser humano é o centro de tudo, de sorte que nada importa a não ser o que se traduza no seu bem estar.
A reforma do Estado e das instituições e da legislação, tornando-os mais leves, é um imperativo, castrando de vez a intensa legisferação que não leva a nada, a não ser ao tormento do brasileiro que se torna impotente nesse emaranhado pior do que a teia armada por Ulysses.
Já é tempo, pois, de, ao invés de se desmontar o Estado, irresponsavelmente, como se vem fazendo, sem lhe dar o substitutivo adequado, ou destronar a legislação trabalhista, antes de aprimorá-la, adequando-a aos tempos modernos, se encontre de vez um remédio que não seja, entretanto, mortal e acabe definitivamente com o problema, extinguindo o próprio homem.
Que se faça a reforma tributária, que já tarda, antes que o pior aconteça. Que se mexa no Estado sem esfacelá-lo. Que se acabem com os bolsões da miséria, criando-se novos empregos e não um exército de desempregados e famintos. Que se afinem as instituições, mas pense-se, antes de tudo no homem.

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