Não tenho sentimentos de pudor,
Que o verso me despiu a consciência.
Então, devo seguir sem displicência,
Que a trova é com amor que vou compor.
É certo que no etéreo a violência
É mais sutil na forma exterior,
Porém, quem se agasalha no vapor
Não pode reclamar de intransigência.
As vagas se encapelam nesta praia,
Enchendo de temor meu coração.
Se existe, aí na terra, quem não caia
No enredo desta forte sedução,
Também nesta “Escolinha” ninguém vaia,
Quando o poeta pede uma oração.
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