"E no entanto... Move-se!" Justifiquem-se os termos antes de mais para que a ideia de deslocado improviso não persista ou gere dúvida de origem, que é sem equívoco toda tua. Eu só acompanho consoante a dança porque gosto de escrever.
Porquê "Merdilene"? = Porque te deu na veneta de me mandares a "ela" diversas vezes. Fiz-te a vontade e fui, só que não me esqueci de trazer um restinho seguro para ti. Eis pois o efeito, sequinho e para usar sempre que entenda.
Porquê "Chatarder"? = Outrossim, porque o termo se estreita como luva ao teu consabido modelo. És deveras uma chatista em permanente chat que arde por má fortuna em sequentes desavenças. Por outra via, também, a Usina sabe que "ardes" no subjectivo ardil de te aprazares a catar romances e eflúvios lúdicos através de e-mail sob a feira da Usina. Por minha parte a arder e ardendo o teu direito é inquestionável.
Segue-se pois, consoante é da praxe cordelista, a resposta em regra onde bem se vislumbra cuidado que não deslustre a tradição.
A Chatarder sem Merdilene Afectos puros de ser Nunca em tal tocarei E não foi por Deus que sei Que não o devo fazer Mas estou farto de ver Os que se dizem com Deus D ignomínia a arder Bem pior do que ateus Tal como os fariseus Que se impõem a parecer Humanos de são viver E ofendem por traição Em desmedida ambição Afectos puros de ser Do que está a decorrer Eu sabia de antemão Que iria acontecer À luz da revelação A prova com precisão Da megera a quem dei Nome exacto que apanhei No seu próprio insulto Mas em filho já adulto Nunca em tal tocarei Merdilene... É de lei Porque à vida misturas O roque que não tem rei Com o vício das solturas Como as vis criaturas Que em ti firme testei No íntimo que perpassei Pormenor a pormenor Para saber-te a rigor E não foi por Deus que sei A pouco e pouco anotei Teu clássico pendor Sobre o qual matutei Para entedê-lo melhor No seu aspecto pior E crua forma de ser No que a outros vi tecer Mas que evito nomear Porque sinto palpitar Que não o devo fazer Cordel de Chatarder?!... Sim... Aqui fica marcando Uma megera chatando Em lugar de escrever! Torre da Guia PS = Prefiro a frontalidade em cima da oportunidade. Poderia ocorrer-me, por exemplo, tomar a refª. OSR/PC/JS e culminar mexericando e intrigando ao teu nível, o de professora educadora de que tanto te orgulhas! Céus... Régio não iria por aí e eu também não vou. Opto pois em abrir os braços, bem na horizontal, e mantê-los firmes entre Deus e o Diabo. Se ceder, bem o sei, sucumbirei esmagado. No que ao Cordel concerne decerto que constatas que aderindo ao jeito "populis" não me dei ao dialecto que escrevinhaste. Também, nem que quisesse, não saberia. De resto, que te saiba bem, tão bem, como a mim me tem sabido.
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