A capoeira como inserção na sociedade
No início da colonização brasileira, os portugueses usaram de expedientes excusos para conseguir uma mão de obra barata, escravizando os negros e trazendo-os para a nossa terra “mater”, iniciando um processo de formação do povo brasileiro.
Habitando em um país novo, onde eram obrigados a trabalhar para os senhores de engenho eles foram segregados aos piores lugares da fazenda, sendo denominado como senzala, mudaram a sua forma de comemoração, de luta, transformando até a famosa capoeira em dança, para que não sejam apanhados treinando contra os seus algozes.
Assim essa forma de expressão, comemoração, defesa ou dança foi tomando conta com seus movimentos ritmados.
Hoje percebemos a importância histórica da luta dos negros, que terminaram influenciando toda uma sociedade globalizada, cujas pessoas admiram esse “balé”, se encantando a tal ponto que começamos a “exportar” essa arte. Foi aí que surgiu a Organização não Governamental Guerreiros da Capoeira para arregimentar pessoas das ruas e transformá-las em mestre de capoeira, não só formando a sua personalidade, orientando-o para um convívio social decente, mas convocando os melhores alunos a serem mestres de capoeira, indo ministrar aulas no exterior.
Essa grande ideia mostra como a cultura africana e por sua vez a capoeira virou uma verdadeira filosofia, onde a transformação do indivíduo através da arte, cultura e exporte é a solução para toda a sociedade que grita, clamando por mais atenção dos seus governantes.
Marcelo de Oliveira Souza
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