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Artigos-->SOBRE O LIVRO DO ARIDES(HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA) -- 10/07/2009 - 11:41 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOBRE A “HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA-

A OBRA DAS MISSIONÁRIAS NO SERTÃO”.





Mario Ribeiro Martins*





Arides Leite Santos realizou o meu sonho. Escrever um livro sobre a historia dos batistas em Ipupiara. Nunca consegui por várias razões. Uma delas é que desde 1958, comecei a me afastar da cidade para estudar fora, Xique-Xique, Bom Jesus da Lapa e Recife.



Arides fez e fez bem. Em seu livro há aspectos interessantíssimos. Até 1970, quando meu pai morreu com 55 anos, ainda acompanhava os fatos por ele contados. Depois disso, perdi o “fio da meada”.



Poucas vezes, no período de férias, retornei à Ipupiara. Estava mais voltado para minhas atividades, como pré-seminarista do Colégio Americano do Recife, depois como seminarista do Seminário do Norte e finalmente como Pastor da Igreja Batista de Tegipió, no Recife.



Já em 1975, mudei o rumo, fui ser co-pastor da Primeira Igreja Batista de Anápolis, ao lado do meu sogro Pastor Isaias Batista dos Santos e professor das Faculdades de Filosofia e Direito de Anápolis.



Em 1978, a mudança foi total. Através de concurso publico de provas e títulos, me tornei Promotor de Justiça do Ministério Publico de Goiás, onde me aposentei em 1998, já como Procurador de Justiça, ultimo grau da carreira ministerial.



Essa digressão é para mostrar como me distanciei de Ipupiara, minha terra natal, antigo Jordão de Brotas ou Fundão de Brotas. Não poderia mesmo nunca escrever uma historia dos batistas.



Arides fez um trabalho magnífico, digno dos melhores encômios. Há aspectos para os quais chamo atenção. As fotografias inseridas no livro são formidáveis. Uma delas, na página 87, dá uma saudade enorme. Abaixo da foto está escrito: Áurea, Zenia, Ruth, Eunice, Eunice Martins, Guiomar, Abelita, Alice, Mario, Adão, Fabio, Timoteo, Paulo e Josué. A Áurea que aparece na foto foi a minha primeira namorada. Eu devia ter uns 17 anos de idade.



Na primeira parte, trata do BREVE HISTÓRICO DE IPUPIARA. Fundamenta-se, em parte, na Monografia produzida pelo Arquiteto Erivelton Santos Costa, com o titulo “REVITALIZAÇÃO URBANA DA CIDADE DE IPUPIARA(BA), datada de 2002 e produzida para o curso de Graduação, Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Tocantins.



Com território de 1.180 km, Ipupiara faz limite ao NORTE com Gentio do Ouro, ao SUL e OESTE com Brotas de Macaúbas e LESTE com Barra do Mendes.



O capitulo seguinte trata dos ANTECEDENTES HISTÓRICOS DOS BATISTAS EM IPUPIARA. Baseia-se no livro de Itamar Sousa Brito, “HISTÓRIA DOS BATISTAS NO PIAUI-1904-2004- UM SÉCULO DE LUTAS E VITÓRIAS”(Rio de Janeiro, JUERP, 2003). Através da Igreja Batista de Corrente, no Piauí, fundou-se a Igreja Batista da Barra(BA), sob a orientação do Pastor Antonio Viegas.



Por volta de 1920, Arthur Ribeiro dos Santos se convertera “ao Protestantismo”, aos 32

anos de idade, na cidade de Barra, onde fora batizado pelo Pr. Augusto Carlos Fernandes, nas águas do Rio Grande, tornando-se membro da Igreja Batista.



Mais tarde, em dezembro de 1924, Artur Ribeiro, juntamente com outros cinco membros daquela igreja, em sessão presidida pelo Pr. Antônio Ascendino Viegas, fundaram a Congregação Batista de Vila do Jordão.



Um outro capitulo trata da ORGANIZAÇÃO DA CONGREGAÇÃO BATISTA, mostrando que a história dos batistas em Ipupiara começa, de forma organizada, em 21.12.1924.



Naquele dia, após o culto da noite, dirigido por Antônio Ascendino Viegas, evangelista do campo sertanejo, seis crentes fundaram a Congregação Evangélica Batista do Jordão, filiada à Igreja Batista da Cidade da Barra.



Os crentes fundadores foram Artur Ribeiro dos Santos (eleito secretário), João Antônio Durães, João Ribeiro da Cruz (eleito diretor de culto), Artur Carvalho dos Santos (eleito tesoureiro), Solina Ribeiro e Dumercina Ribeiro, todos membros da Igreja Batista da Cidade da Barra. O registro consta da Acta nº 77 da Igreja-Mãe.



Artur Ribeiro dos Santos foi o homem de Deus que enfrentou as enormes barreiras de seu tempo para implantar o trabalho de pregação do Evangelho na vila de Jordão.



Do Pr. Antônio Ascendino Viegas(cunhado do Pastor Augusto Carlos Fernandes) sabem os batistas de Ipupiara que era membro da Igreja Batista de Corrente – Piauí e que fez várias viagens à Vila de Jordão, “montado em lombo de animal”, para pregar o Evangelho, batizar os primeiros convertidos e ministrar a ceia do Senhor aos crentes da congregação.



No capitulo seguinte trata da GUERRA ENTRE CORONÉIS: HORÁCIO E MILITÃO. Fundamenta-se no livro de Américo Chagas O CHEFE HORÁCIO DE MATOS(Salvador, EGBA, 1996), bem como no livro de Carlos Araújo, MILAGRE NA CHAPADA- ROMANCEIRO DA CHAPADA DIAMANTINA(São Paulo, Scortecci, 2005).



Sobre o assunto, escreveu também Mario Ribeiro Martins, em CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS(Goiânia, Kelps, 2004).



Em outro capitulo trata da APREENSÃO E QUEIMA DE BIBLIAS, mostrando que no princípio, a congregação se reunia na residência de Artur Ribeiro, situada atrás do templo católico, “a igreja matriz”. Os primeiros batistas sofreram perseguição dos fiéis católicos.



Em várias ocasiões, homens católicos invadiram a reunião dos crentes, como eram chamados, e os obrigaram a entregar suas Bíblias para serem queimadas. Conforme relatos de irmãos que vivenciaram os primórdios do trabalho batista em Ipupiara, houve, em duas ocasiões, na praça principal, em frente ao templo da igreja romana, a queima de Bíblias apreendidas dos crentes.



Focaliza Arides também a estória da APARIÇÃO DE UM BODE PRETO e do DEFUNTO PROTESTANTE VERSUS TRONCO DE BANANEIRA.



Um outro capitulo interessante do livro é o que trata da PROIBIÇÃO DE SEPULTAR OS MORTOS NO ÚNICO CEMITÉRIO de Ipupiara. Esta proibição foi comum em todo o território nacional. Relembre-se, por exemplo, que o grande General Abreu e Lima, por distribuir Bíblias, ao morrer em 08.03.1869, foi proibido, por ato episcopal do Bispo Francisco Cardoso Ayres, de ser sepultado no Cemitério Publico de Santo Amaro, no Recife. Teve de ser sepultado no Cemitério Inglês, onde ainda hoje(2009) se encontram os seus restos mortais.



Em Ipupiara não foi diferente. Foi necessário que os crentes construíssem o seu próprio cemitério. Durante muito tempo em Ipupiara, visitei o Cemitério Católico, o Cemitério Batista e o chamado Cemitério do Velho Arthur. Atualmente(2009), o Cemitério Católico e o Cemitério Batista foram unificados.



Trata também do PRIMEIRO TEMPLO BATISTA- ALUGUEL E CONSTRUÇÃO, bem como das CARTAS DEMISSÓRIAS CONCEDIDAS PELA IGREJA BATISTA DE BARRA para a organização da IGREJA BATISTA DA VILA DE JORDÃO, no dia 16.06.1938.



Esta parte do livro registra os 46 nomes que formaram a Igreja Batista do Jordão, assim nominados: 1 – Artur Ribeiro dos Santos. 2 – Antônio Ribeiro dos Santos. 3 – Antônia Ribeiro Santos Rosa. 4 – Adão Francisco Martins. 5 – Abelita Amorim Santos. 6 – Abelita Ribeiro. 7 – Arcanja Martins da Silva. 8 – Ana Rita Barreto. 9 – Adelino Pereira Novais. 10 – Alice de Souza Ribeiro. 11 – Alfredo Ribeiro dos Santos. 12 – Ana Ribeiro. 13 – Bevenuto Ribeiro dos Santos. 14 – Carolina de Souza Ribeiro. 15 – Carcelina Barreto. 16 – Durvalina Cunha Ribeiro. 17 – Djanira Ribeiro. 18 – Dioclides Alves da Silva. 19 – Donata de Souza Ribeiro.

20 – Emília Ribeiro. 21 – Filisbela Ribeiro. 22 – Francolina Ribeiro Martins. 23 – Gasparino Ribeiro dos Santos. 24 – Gasparino Francisco Martins. 25 – Genésio Ribeiro dos Santos. 26 – Guiomar Ribeiro Barreto. 27 – Isabel Ribeiro Barreto. 28 – Isidora Maria da Cruz. 29 – Jovina Martins. 30 – Josué Martins de Almeida. 31 – Jovina Ribeiro. 32 – José Matias de Souza. 33 – Jovelina da Cunha Ribeiro. 34 – Lionarda Martins. 35 – Laurentina Martins. 36 – Lavínia Ribeiro. 37 – Lindaura Ribeiro Santos. 38 – Marcolina Pereira Novaes. 39 – Maria Ribeiro Barreto.

40 – Maria Ribeiro dos Santos. 41 – Manoel Ribeiro Primo. 42 – Mário Mariano Barreto. 43 – Petronília Alves Almeida. 44 – Solina Ribeiro Amorim. 45 – Sofia Martins. 46 – Solina Ribeiro Barreto.



Quase todos seus parentes, este autor conviveu pessoalmente com Artur Ribeiro dos Santos, Adão Francisco Martins(pai), Adelino Pereira Novais, Bevenuto Ribeiro dos Santos, Carolina de Souza Ribeiro, Djanira Ribeiro(Deija), Francolina Ribeiro Martins(mãe), Gasparino Francisco Martins(avô), Jovina Martins(avó), Leonarda Barreto Martins(Dona), Laurentina Martins(tia), Lavinia Ribeiro, Lindaura Ribeiro Santos, Maria Ribeiro dos Santos(bisavó), Maria Emilia Ribeiro Martins(Iaiá Maria), Manoel Ribeiro Primo.



Num outro capitulo, trata de HOMENS E MULHERES DE FÉ, focalizando as biografias de Adão Francisco Martins(meu pai), Adelino Pereira de Novais e sua esposa Marcolina, Almerinda Ribeiro Souza(tia), Aristides Antonio dos Santos e sua esposa Luzia, Artur Ribeiro dos Santos e sua esposa Solina Amorim Barreto, Carlos Ribeiro Rocha(tio), Gasparino Francisco Martins(meu avô), Laurentina Ribeiro Martins(minha tia), Pastor Pedro Evangelista de Souza(pai do Pastor Sócrates), Pedro Pereira do Nascimento e sua esposa Ester Ribeiro Martins(minha tia).



Como se vê, o livro é de uma riqueza formidável. Em outro capitulo, trata de SAUDE E EDUCAÇÃO NA VILA DE IPUPIARA: UMA TRISTE REALIDADE. Focaliza vários nomes, entre os quais, o de Lewis Malen Bratcher, David Gomes. Menciona a ESCOLA DOS DESCALÇOS, fundada por Artur Ribeiro. A escola recebeu este nome porque era destinada aos meninos que não tinham sapato e, consequentemente, não podiam freqüentar as duas escolas existentes na Vila do Jordão.



A segunda parte do livro tem o titulo A OBRA DAS MISSIONÁRIAS NO SERTÃO BAIANO. Destaca o trabalho de Amália Ferreira Mota, Zênia Birzniek(minha mãe de criação), Maria Leoni Centeno Duarte, Ruth Isabel Vieira(mãe de criação do Pastor Sócrates) e Débora Pinto Barros.



Em outro capitulo trata da DIVISÃO ENTRE OS BATISTAS DE IPUPIARA. Capitulo melindroso, mas focalizado com muita habilidade. O grupo liderado por Artur Ribeiro dos Santos, que ficou em poder do templo e demais bens da igreja de origem, instituiu a Primeira Igreja Batista Independente de Ipupiara.



Os irmãos que se tornaram membros dessa igreja são: Artur Ribeiro dos Santos, Moisés Pereira de Novais, Salomão Ribeiro dos Santos, Odete Moura Ribeiro, Jeremias Ribeiro dos Santos, Guiomar Ribeiro Martins, Jovelina Ribeiro, Durval Ribeiro dos Santos, Isbela Martins dos Santos, Mirian Ribeiro Martins Novais, Zenilde Ribeiro, Almira Barreto Martins, Rasma Ossis Leite, Antônia Francisca Pereira, todos da sede, mais doze membros residentes nos povoados, constando ao todo vinte e seis no rol de membros.



(Nesse ínterim, no dia 07.01.1970, faleceu de ataque cardíaco, na Praça Principal de Ipupiara, depois de fazer um sermão evangélico Adão Francisco Martins(meu pai), com 55 anos de idade).



O grupo liderado por Aristides Antônio dos Santos e Timóteo Pereira de Novais deu continuidade aos trabalhos da Igreja Evangélica Batista de Ipupiara, realizando suas reuniões no salão do dispensário batista, até que fosse concluída a construção do novo templo na Praça Santos Dumont, o que ocorreu em setembro de 1970. O nome desta igreja passou a ser Primeira Igreja Batista de Ipupiara, sempre filiada à Convenção Batista Brasileira.



O capitulo que me chamou atenção de forma especial e sobre o qual eu nada sabia, eis que me encontrava na Espanha, cursando o Instituto de Cultura Hispânica, tem o titulo IGREJA MOVE AÇÃO CONTRA ARTUR RIBEIRO.



O fato se deu em 16.08.1973, quando a Primeira Igreja Batista de Ipupiara por seu procurador Advogado Belmiro Sampaio, moveu uma ação de reintegração de posse contra Artur Ribeiro dos Santos, perante o juízo cível da comarca de Brotas de Macaúbas, com jurisdição sobre o município de Ipupiara, em busca de provimento judicial que lhe reintegrasse na posse do imóvel situado na Rua Rui Barbosa, com área de 504 m², no qual estão construídos o templo onde a igreja se reunia, um edifício onde funcionava a Escola Batista Ruth Izabel de Souza, e uma casa para residência pastoral. Imóvel registrado no cartório de registro de imóveis daquela comarca, livro 3 – D, fls. 90 e 91 – v.



Como meios de prova, juntou escritura pública registrada no cartório competente, declaração conjunta firmada por seis pastores(Pedro Pereira, João Eduardo, Clóvis Lopes, Henrique Marinho, Antonio Martins e outro não identificado), e arrolou sete testemunhas: Arlindo Almeida, Natanael pedreiro, Frederico mecânico, Jorge alfaiate, Timóteo Pereira de Novais, Aristides Antônio dos Santos e Abelardo Pereira da Costa.



Em 29/09/1973, por intermédio de seu procurador Adelísio Saldanha Souza, Artur Ribeiro dos Santos contestou a ação. Em sede preliminar, alegou que “o réu deverá ser absolvido de instância porque, sendo casado e versando a ação sobre direitos relativos a bens imóveis, não requereu a autora a citação da mulher do réu”.



Antes de adentrar o mérito, a defesa esboçou um histórico. Aduziu que em 1923 o réu e sua consorte, Solina Ribeiro Barreto, retornaram ao seu torrão natal – antiga vila de Jordão, hoje cidade de Ipupiara – convertidos à religião cristã na Igreja Batista de Barra do Rio Grande.



Aos brados de que protestantes deveriam ser mortos, conseguiram trazer ponderável número de fiéis a professar a religião que pregavam.



Em 1932, ajudados por inúmeros companheiros, começaram a construir o prédio em questão, para nele fixar residência e também utilizá-lo, secundariamente, como templo e escola de evangelização. “Decorridos vários anos, começaram a aparecer batistas de seitas religiosas

outras, mas com um ponto comum de identificação: a crença em Cristo [sic!]”.



A nova seita pregada, querendo se identificar com aquela já arraigada na consciência do povo cristão de Ipupiara, em verdadeiro sincretismo, esses novos evangelistas passaram a se apresentar como únicos portadores das palavras da verdade e da fé. “A esta altura dos acontecimentos, sem que o réu tivesse qualquer ciência, foi surpreendido com a presente ação possessória, e mais surpreso ainda ficou quando tomou conhecimento de que a autora, na tentativa última de lançar uma pá de terra sobre a seita apregoada pelo réu, ou remeter ao Rei de Belzebu os seus seguidores, conseguiu... registrar como propriedade dela o prédio objeto da lide e residência do réu [sic!]”.



No mérito, a defesa aduziu que o réu teve a posse do imóvel em questão por mais de trinta anos, sem obstáculo nem oposição de quem quer que fosse, tendo assim adquirido o direito de propriedade sobre o mesmo, por força de usucapião. “Por isso que vem de argüir como defesa a prescrição aquisitiva da propriedade imobiliária, interpretação jurídica essa já reduzida em Súmula do Supremo Tribunal Federal”.



Resumindo: Em 29/04/1974, o juiz de direito Antônio Rodrigues Barbosa prolatou a sentença. Ele se convenceu de que a citação foi inválida porque a autora deixou de requerer a citação da mulher do réu, e extinguiu o processo sem resolver o mérito. “Hei por bem julgar extinta a presente ação de reintegração de posse, que move a Primeira Igreja Batista de Ipupiara contra Arthur Ribeiro dos Santos, com fundamento nos dispositivos legais invocados, independentemente do julgamento do mérito. Em virtude disso, condeno a Autora ao pagamento de honorários de advogado que fixo em 10% sobre o valor da causa”.



A audiência para leitura e publicação da sentença foi marcada para o dia 09/05/1974, às 14 horas, na sala de audiências daquele juízo, no edifício da Prefeitura Municipal de Ipupiara.



Numa outra parte Arides(2) focaliza os EVANGELICOS EM IPUPIARA E REGIÃO, concluindo, mediante dados estatísticos, que “Ipupiara é a cidade com o maior percentual de evangélicos”, em relação a Brotas de Macaúbas, Gentio do Ouro, Barra do Mendes, Morpará, Oliveira dos Brejinhos, Ibotirama, Barra e Seabra.



Num outro capitulo destaca OS BATISTAS DE IPUPIARA NA ATUALIDADE, iniciando suas observações pela Igreja Batista Renovada( outrora Primeira Igreja Batista Independente de Ipupiara), localizada na Rua Rui Barbosa, hoje dirigida pelo Pastor Adelso Durães, filho do antigo Jordão.



A igreja compõe-se atualmente (2008) de cerca de cento e vinte irmãos alistados no rol de membros, sendo que além desses existem cerca de oitenta “congregados”, isto é, pessoas que freqüentam regularmente a igreja, mas que ainda não se submeteram ao batismo, condição indispensável para se tornarem membros.



A igreja mantém congregações na cidade de Morpará (BA), no povoado de Pajeú, pertencente ao município de Xique-Xique (BA), e no povoado de Gregório, município de

Gentio do Ouro (BA).



A Primeira Igreja Batista(da Praça Santos Dumont) é dirigida atualmente pelo pastor Clóvis de Sousa Nogueira, que nasceu na cidade, é casado com a irmã Eliene Sodré de Andrade Nogueira e foi batizado nesta igreja.



Antes de ser ordenado ao ministério pastoral, foi evangelista por muitos anos, e exerce o cargo de moderador desde agosto de 1994.



Em 16/04/2003, a igreja enviou carta convidando os pastores da Associação Batista do Oeste – ABO para formarem um Concílio Examinatório com vistas à ordenação do então evangelista Clóvis de Sousa Nogueira ao ministério pastoral.



Em 23/05/2003, reuniram-se em uma das salas da Primeira Igreja Batista em Ipupiara os seguintes pastores da ABO, a fim de formarem o Concílio Examinatório: Cloves Lopes de Souza (Riachão das Neves e Formosa do Rio Preto, interino), Djalma Alves Silva (PIB em Luís Eduardo Magalhães), Ivan de Souza Carvalho (Esperança em Barreiras), Agostinho Lima de Souza (Esperança em Barreiras), Francisco Geraldo de Oliveira, (Frente Missionária Oliveira dos Brejinhos), João Eduardo da Silva (PIB em Ibotirama), Ubirajara Gilvan de Souza Santos (PIB em Barra), Hélder José de Magalhães (Frente Missionária em Morpará), Paulo Eufrasino da Silva (PIB em Xique-Xique) e Pedro Pereira do Nascimento (jubilado).



Na seqüência da reunião, o concílio foi formado pelos seguintes pastores: Cloves Lopes de Souza (presidente), Ivan de Souza Carvalho (examinador), Djalma Alves Silva (secretário) e os demais como membros.



Após ser examinado em diversas questões, o irmão Clóvis de Sousa Nogueira foi aprovado. No culto da noite, o orador foi o Pr. Paulo Eufrasino da Silva. Em assembléia extraordinária, a igreja, por unanimidade, ratificou o pedido para que o Pr. Clóvis de Sousa Nogueira assumisse o pastorado da mesma.



A igreja compõe-se atualmente (2008) de cento e cinqüenta irmãos alistados no rol de membros, sendo que além desses existem cerca de cem “congregados”, isto é, pessoas que freqüentam regularmente a igreja, mas que ainda não se submeteram ao batismo, condição indispensável para se tornarem membros. A igreja mantém congregação na cidade de Brotas de Macaúbas, nos povoados de Bela Sombra e Chiquita, ambos pertencentes ao município de Ipupiara, além de manter pontos de pregação em diversos povoados do município.



Coopera com a obra missionária no âmbito municipal, estadual, nacional e mundial, por intermédio das juntas missionárias da convenção batista brasileira. Participa do Programa de Adoção Missionária – PAM, cooperando com os missionários que atuam em Botswana (África) e em outros países, por intermédio de adotantes do mesmo programa.



O ultimo capitulo tem o titulo de IPUPIARA NA ATUALIDADE. Nele Arides chama atenção para vários fatos relacionados ao ensino gratuito, ao ensino de nível superior, à área de saúde, etc.



Concluindo: O problema mais grave que os cidadãos ipupiarenses enfrentam nos dias atuais é a falta de acesso à justiça na cidade onde vivem. Isto porque o município ainda não conseguiu ver instalada a sua Comarca, quando já se passaram 50 anos de emancipação.

Vale dizer, o Poder Judiciário(1) ainda está muito distante do cidadão ipupiarense que eventualmente precisa recorrer a ele. Apesar das imensas dificuldades, a comunidade de Ipupiara evoluiu de uma pequena vila para uma linda e promissora cidade, eis que iluminada pela luz do Evangelho de Jesus Cristo.



Seu livro termina com as REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, mencionando entre outros autores e seus respectivos livros:

ARAÚJO, Carlos. Milagre na chapada: Romanceiro da Chapada Diamantina. São Paulo: Scortecci, 2005.

BARBOSA, Celso Aloísio; AMARAL, Othon Ávila. O Livro de Ouro da CBB: Epopéia de fé, lutas e vitórias. Rio de Janeiro: JUERP, 2007.

BÍBLIA SAGRADA. Almeida Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2008.

BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891.

BRITO, Itamar Sousa. História dos Batistas no Piauí – 1904– 2004 – Um Século de Lutas e Vitórias. Rio de Janeiro: Juerp, 2003.

CHAGAS, Américo. O chefe Horácio de Matos. Salvador: EGBA, 1996.

COSTA, Erivelton Santos. Revitalização Urbana da Cidade de Ipupiara (BA). Palmas (TO), 2002. Monografia (Graduação) – Arquitetura e Urbanismo, Universidade do Tocantins.

CRABTREE, Baptistas do Brasil, I. Citado por OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. Perseguidos, Mas Não Desamparados: 90 anos de perseguição religiosa contra os batistas brasileiros (1880 – 1970). Rio de Janeiro: JUERP, 1999.

FERREIRA, Jurandyr Pires. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1958, v. XX, Bahia A–L.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MARTINS, Mário Ribeiro. Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas. 2.ed. Goiânia (GO): Ed. Kelps, 2004.

MARTINS, Mário Ribeiro e MARTINS, Filemon Francisco. Dicionário Genealógico da Família Ribeiro Martins. Palmas(TO): Ed. Kelps, 2007.

MARTINS, Mário Ribeiro. Missionários Americanos e Algumas Figuras do Brasil Evangélico. Goiânia (GO): Kelps, 2007.

________. Quem foi Artur Ribeiro. Obtido via internet. Acesso em: 18/02/2008.

MATHIAS, Myrthes. A Pátria para Cristo. Rio de Janeiro. Nov/Dez de 1971.

OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. Perseguidos, Mas Não Desamparados: 90 anos de perseguição religiosa contra os batistas brasileiros (1880 – 1970). Rio de Janeiro: JUERP, 1999.



(1). Como Procurador de Justiça Aposentado do Ministério Público de Goiás e filho de Ipupiara, este autor já bateu nesta tecla varias vezes. É preciso que apareça um Prefeito corajoso em Ipupiara e construa um Prédio para o Fórum. Não consulte e não espere qualquer iniciativa da Justiça Baiana. Quando este prédio estiver pronto, traga-se uma Comissão do Tribunal de Justiça da Bahia para, aí sim, se começar a falar em Comarca. É tão fácil: É só pedir ao Arquiteto Erivelton (filho da terra) para elaborar a planta de um Fórum à luz dos que ele conhece no Brasil. Com a planta, a própria Prefeitura de Ipupiara começa a construção do prédio. Iniciada a construção, ai sim, se pode pleitear verbas, através de Deputados Estaduais e Federais, para a conclusão da obra. O que não se pode é pedir verbas, antes de iniciada a construção. E nada de se querer adaptar salas de Prefeitura para Fórum, o que não pega bem e não é recomendável por causa da independência dos poderes. Prefeitura é executivo, no seu lugar. Fórum é judiciário, no seu lugar.



(2). Arides Leite Santos, Ipupiara, Bahia, 14.01.1965. Filho de Emiliano Santos Cunha e Aurelice Leite Santos. Casou-se com Vilma, com quem tem Leticia, André e Ester. Advogado e Analista do Tribunal de Contas da União.



*Mário Ribeiro Martins

é escritor e Procurador de Justiça.

(mariormartins@hotmail.com)

Site: www.mariomartins.com.br

HomePage:www.genetic.com.br/~mario

Fones:(063)32154496Celular:(063) 9977 93 11.

Caixa Postal, 90, Palmas,Tocantins,77001-970.







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