poeta tem alma doce,
se agonia por um tanto,
quer transformar o mundo,
como quem faz um canto.
o Brasil de quinhentos anos
sempre precisou de ajuda,
muitos de nós deram a vida,
outros ficaram mudos,
de repente alvorossaram-se
querem logo mudar tudo.
Lula, meu presidente,
se eu pudesse dar-te a vara
mágica pra toda a gente
virares em burguesia
esse Brasil de alegria
tu vestias no instante.
mas burgues é coisa rara,
se ve um por esquina,
vivem na alegria,
podem fazer poemas.
eu, que sou boa burguesa
te dou uns anos de prazo
até lá fico quieta,
porque sei que meio século
nao se muda num instante. |