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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->ALBERTO MAGNUS, O MAGO - OPUS 2 -- 25/02/2003 - 00:10 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OPUS 2

A epístola preliminar de seus trabalhos em França, se bem me lembro, são considerações acerca dos infortúnios da magia para os fracos.
- Caro Marcus – assim ele me chamava – é necessário aceitar o fato de que toda a ação recebe um reação e aqui não vai nada de novo, desde Hermes Trimegistus.
- Sim, Mestre.
- Portanto, toda vez que um mago interferir no equilíbrio, ou no fluxo, ou ainda interferir na organização da natureza, haverá uma reação. O mago não é onisciente.
- Acredito nisso.
- Pois bem, caro Marcus, pois bem . Ciente disso o mago deve se preparar mental e fisicamente para o embate, que na maior parte das vezes não é espiritual, nem espectral... mas puramente somático. O mago pode sofrer ações em seu corpo que precisa resisitir. Se o corpo for fraco a mente não aguentará o embate.
Tais eram os ensinos de Alberto Magnus.
Caminhávamos pelas alamedas cobertas de lama, tendo Alberto com o braço amigavelmente em meus ombros, como dois companheiros trovadores e taberneiros. Mas, na verdade o meu respeito continuava imenso pelo grande Alberto.
Um padre originário de Antuérpia, um tal master Wickerscheimer, negociou com Alberto umas palestras em Erfurt. Numa tarde chuvosa ele saiu com sua charrete protegida e viajou. Fiquei no seu cargo para ministrar aulas fundamentais aos iniciados no estudo da Pedra Filosofal. Nessa minha oportunidade me realizei permitindo aos alunos um estudo de importância para suas vidas, com base nas lições de Hermes, O Três vezes Grande.
Enquanto Alberto esteve fora, em viagem, pude visitar outras Escolas e participei de uma série de reuniões secretas para se decidir, a um nível de oculto, sobre o fingir-se ignorar a ambivalência do sagrado e do maldito no domínio religioso, apesar das evidências claras mesmo no estudo do Genesis Bíblico. Essas palestras e reuniões se fizeram sob o manto na noite, pois todos estávamos fugindo dos espiões papais.
Lembro que uma jovem muito atenta aos estudos – em nosso meio o número de mulheres sempre foi maior do que o de homens - dizia: se a faculdade de crescer e multiplicar é uma benção para o homem e a mulher, a primeira maldição só é dada às mulheres: “Multiplicareis o número de partos”.
Hoje, perto de 830 anos eu vejo que a incapacidade da espécie humana para regular sua proliferação é a mais terrível maldição que paira sobre a humanidade.
- A mãe é um mistério – dizia Sonja, a jovem que estudava conosco.
- É o aspecto sombrio da mãe, essa coisa de sempre dar à luz, sem parar.
- Conseqüências coletivas e materiais... desastres, e falta de alimento...por isso os homens nos culpam.
- Mas, Sonja, as civilizações tradicionais...
- ... por causa da menstruação, a substancia da mulher aparece como que ligada ao mundo por uma magia noturna e os padrecos nos impõem responsabilidades por uma influência espiritual malévola - ela me toca no queixo, gentilmente – o próprio Alberto é muito severo com isso. Pergunte a ele.



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