Se nós for comparar
A idade do home
Com as coisa dos animá
Botando o que agente come
Café, armoço e jantar
Incruindo tombém as muié
Como prato princinpá
Vai ser o maior desmantelo
Vamo ver no que vai dar
Na idade de quinze anos
O home se acha bacana
É a idade do “Macaco”
E ele só descascando a banana
Com vinte ano de idade
Num pode ver um matinho
É a idade da “Girafa”
Só quer comer os brotinho
Quando chega trinta ano
Cumeça o tá do stresse
É a idade do “Urubú”
Come tudo que aparece
Já chegando nos quarenta
Aumenta, a vontade de viver
É a idade da “Águia”
E escolhe o que vai comer
Com cinquenta, tudo ele inventa
Num pode ver um microfone
É a idade do “Papagaio”
Ele fala mais do que come
E quando chega os sessenta
Sentado na calçadinha
É a idade do “Lobo”
Fica só olhando as bundinha
Persegue chapeuzinho vermelho
E num come mais nem a vovozinha
Chegando nos setenta
A vida lhe aposenta
E diz que só atrapalha,
É a idade da “Cigarra”
Canta, canta, não come nada
E tombém num trabalha
Se chegar aos oitenta
O difícil é prosseguir
É a idade do “Condor”
E ele só vive doente
Com dor aqui, com dor ali
E se dos oitenta conseguir passar
Em merda vai se desmanchar
É a idade do “Pombo”
Que mesmo sem comer nada
Caga em tudo que lugar.