Dias atrás fui visitar um lar para idosos , localizado no bairro Sítio Cercado , com meus amigos aqui em Curitiba . Lá , coincidentemente , encontrei meu ex – professor da matéria chamada Linguagem da Propaganda . Papo vai e papo vem este mestre revelou – me algumas lendas urbanas de comerciais , como ele autorizou – me colocar estes causos na Internet , irei cita – los abaixo :
Primeiro Cowboy dos Cigarros Malboro :
No final dos anos setenta , um modelo muito bonito foi convidado para fazer a propaganda desta marca de cigarros . O primeiro comercial fez tanto sucesso que este ator trabalhou para este produto até o final dos anos oitenta . Numa entrevista o próprio modelo confessou que passou a ter uma compulsão de fumar maior a partir da sua primeira propaganda .
O problema é que no começo dos anos noventa , este ator ficou doente e foi constatado que ele estava com câncer .
Na época surgiu a lenda de que ele contratou uma rezadeira para cura- lo desta enfermidade . Mas esta curandeira disse que o câncer foi uma espécie de castigo divino . Pois como o moço fez uma série de comerciais para uma marca de cigarro ele induziu , inconscientemente , várias pessoas a fumarem e , por conseqüência , adquirirem câncer . Naquela época a benzedeira constatou que o ator tinha pesadelos constantes com almas que fumavam . Em meados dos anos noventa este modelo faleceu com os pulmões , totalmente , podres .
Meu Pai Dirige um Caminhão da Coca – Cola :
Sabe aquele comercial em que um garoto humilde lê sua redação , em sala de aula , para a professora e no final ele diz :
“- Meu pai dirige um caminhão ...
- Mas não é qualquer caminhão ...
- É um caminhão da Coca – Cola !”
Este não é um comercial atual , pois é regravação de uma propaganda dos anos setenta , que tem sua verdadeira origem no mundo real . A lenda é esta :
Era uma vez um menino carente que era bolsista de uma escola particular . Um certo dia , a professora passou como tarefa escrever uma redação para o dia dos pais , cujo o tema era “A Profissão do Meu Papai” . As crianças daquela turma escreveram textos que falavam sobre os trabalhos dos seus pais . Como tratava – se de uma instituição particular saíram redações que falavam sobre profissões de elites : médicos , advogados , engenheiros , dentistas , empresários e arquitetos . Porém o texto premiado foi o do garoto bolsista e a parte de que mais a professora gostou foi esta :
“- Meu pai dirige um caminhão ...
- Mas não é qualquer caminhão ...
- É um caminhão da Coca – Cola !
- Ele leva as garrafas para um lugar mágico ... “
A professora ficou encantada com este texto e mandou a redação para a fábrica de refrigerantes , que acabou aproveitando o artigo num comercial .
Os anos se passaram , o menino cresceu , virou caminhoneiro e faleceu num acidente de trânsito .
Bichinhos de Pelúcia da Parmalat
No início dos anos noventa a Parmalat lançou uma campanha publicitária , onde crianças apareciam vestidas de filhotes de mamíferos . Nesta época , também , houve uma estratégia de marketing onde o consumidor trocava códigos de barras dos produtos por bichinhos de pelúcia .
Reza a lenda que os publicitários desejavam que fossem treze crianças representando treze mamíferos . Mas uma numeróloga afirmou que este número traria azar , principalmente , para a décima terceira criança e que o algarismo ideal seria o doze . Afinal este era o número dos discípulos de Cristo . Mesmo assim os marketeiros continuaram com o número treze .
Algum tempo depois surgiu o boato que a décima terceira criança , que representava o rinoceronte , faleceu .
O Fortificante
Nos anos setenta , na cidade do Rio de Janeiro , uma modelo loira chamada Claúdia e sua irmã morena chamada Daniela foram convidadas para fazer um comercial de um fortificante .
O cenário do comercial era este : as duas irmãs faziam papel de lavradoras saudáveis trabalhando na roça . Quando , de repente , elas avistaram um homem musculoso que não conseguia pegar na enxada . A loira tirou o fortificante do avental , levou até o rapaz e falou :
- Você precisa deste forticante ...
- Ele é o melhor que existe !
- Se for mentira quero morrer amanhã !
Assim o moço experimentou o produto e começou a trabalhar sem problemas .
No dia seguinte , Claúdia foi com seu ex – namorado a uma discoteca . De madrugada , na volta , os dois começaram a discutir dentro do carro . Até que o automóvel parou perto da Pedra da Gávea . O rapaz matou a loira e jogou o seu corpo em direção à famosa pedra . Este assassinato ficou conhecido , na época , como : o crime da pedra da Gávea . Reza a lenda que toda a noite de Lua cheia o fantasma de Claúdia aparece naquele local .
Caneta Bic
Em 1985 o ator e cantor Rafael Ilha fez um comercial para as canetas Bic . A cena foi a seguinte :
Uma prova estava prestes a começar , mas a colega do garoto percebeu que não tinha caneta em seu material . Então o menino jogou uma caneta Big para esta amiga .
Em 1986 Rafael virou vocalista de uma banda chamada Polegar , graças a sua participação neste comercial .
Em meados dos anos noventa este cantor passou a ter problemas com dependência química . No meio de uma crise , Rafael acabou engolindo uma caneta Bic que dificultou sua respiração . Então o rapaz foi levado ao hospital e por pouco não acabou perdendo a vida com a mesma caneta que o levou para a fama .
Observação : Não há nada que prove que as lendas acima são verdadeiras . Afinal lendas são sempre boatos , com uma pitada de verdade .