daqui desta sombra posso imaginar o sol
imaginar seus potentes raios,
e todas reles criaturas prestem a parir,
prestes a morrer,
prestar a declarar o apocalipse,
e se amanhã a esta mesma hora
ninguém mais estiver por aqui.
nem essa sombra,
nem a dúvida,
nem a alma,
neum o pingo do i,
ou de chuva...
nenhum espirro gráfico,
nenhum símbolo fálico.
Quais serão as moedas para mercanciar a vida??
e se não houver troco??
e nesta inquietação, minha sombra
subitamente se transforma em deserto...
e o Saara e o Gobi serão paradisíacos...
e nesta nuvem de pensamentos confusos,
embaraçam idéias, suspiros e imaginação
que enfeixam um nó cego
da decepção
de se perder o sabor das coisas simples...
pueris,
cristalinas
e absurdamente ordinárias.
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