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Poesias-->Até nesse dia -- 16/10/2002 - 10:19 (Leandro Antonio de Almeida) |
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Onde as ruas não tem nome
Onde o horizonte some
Onde a luz não alcança
Onde não há mais esperança
Onde não houver mais paixões
O homem estiver livre desses grilhões
Onde o homem for apenas racional
e não perceber que isso é um mal
Porque perderá a ilusão da felicidade
Na busca incessante pela verdade
E mesmo assim sentirá saudade
De quando não tinha tal liberdade
Até nesse lugar eu te amarei
Quando o sonho se tornar pesadelo
Não for atendido mais nenhum apelo
Não houver mais algum perdão
e todos merecerem a prisão
Quando o paraíso se tornar o inferno
Não houver mais a crença no eterno
Não houver mais o que nos conforte
Não houver na vida mais nenhum suporte
Quando toda a fantasia estiver acabada
O homem querer recuperar a alegria passada
E, entretanto, não poderá mais
Essa alegria não voltará jamais
Quando isso acontecer, eu ainda te amarei
No dia que acabar a vontade de viver
O escritor não puder mais escrever
O musico não puder mais tocar
O pintor não puder mais pintar
No dia que não houverem mais santos
E as donzelas estiverem em prantos
por não haverem mais príncipes encantados
estarem eles todos enterrados
Até nesse dia eu te amarei |
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