Alguns dias após escrever Longas Mentiras II, um Air Bus da TAM despencou 200 metros e subiu 150 metros deixando 26 feridos. Mais uma vez o radar do avião não viu ou o computador falhou. Não nada disso! Provavelmente os pilotos estavam batendo papo e não viram. Essa será a sentença final do acidente. Falha humana.
Hoje 208 pessoas morreram em um AIR BUS, que não era da TAM e tinha sido revisado em abril de 2009.
As primeiras notícias dão conta que pode ter sido um raio em uma tempestade a 11mil metros de altura. Um cumulus-nimbus, nuvem em forma de bigorna onde qualquer avião de pequeno porte entrar, não sai mais. Mais a 11 mil metros? Pode acontecer, mas qualquer avião de grande porte tem aparelhos para alertar até com trinta minutos de antecedência à existência dessas tempestades e o piloto tem a opção de contornar ou retornar livrando-se do perigo.
Neste acidente o último contato antes do desaparecimento do radar foi de 15 minutos. Depois nenhuma comunicação, salvo um aparelho que emite automaticamente algum sinal quando há problemas elétricos no aparelho. Isso é o que estão dizendo minha gente! Ninguém sabe se existe ou se houve realmente essa comunicação! Não entendo do assunto, não sou perito em acidentes aéreos, mas gosto muito de estatísticas, historia, faço uso da lógica e principalmente das mentiras e controvérsias nos acidentes do AIR BUS que acompanho nos últimos três anos.
Será que temos um novo Haviland Comet. Para quem não se lembra, o Comet ou Cometa foi o primeiro avião a jato comercial do mundo.
“O primeiro vôo de fato deu-se em 2 de maio de 1952, com a partida do aeroporto de Heathrow, Londres, rumo a Johannesburg, na África do sul”. Este pioneiro vôo, pela companhia aérea inglesa Boac, foi seguido de um ano de sucessos e de vendas, que pareciam configurar para o avião uma existência de glórias. Contudo, em 2 de março de 1953, o Comet começou a revelar sua verdadeira personalidade, a de assassino alado. Neste dia, um Comet explodiu ao decolar em Karachi, no Paquistão, matando seus 11 ocupantes. Em 2 de maio do mesmo ano, um Comet desmanchou-se no ar duas horas depois de decolar de Calcutá, na Índia, ao entrar em uma nuvem de tempestades do tipo cúmulos-nimbus. Morreram 43 pessoas.As autoridades e os fabricantes apressaram-se em culpar os tripulantes por suposta imperícia ou as condições meteorológicas. No entanto, em 10 de janeiro de 1954, o mesmo exemplar do Comet que inaugurou a era do jato em maio de 1952 explodiu em pleno vôo depois de decolar de Roma, como um céu de brigadeiro, sem nuvens. No dia seguinte, os Comets foram interditados e passaram por uma série de mudanças, voltando aos céus em março. Porém, em abril do mesmo ano, um outro acidente com a aeronave fez com que as autoridades britânicas caçassem a licença de operação da pioneira linhagem de jatos. Investigações posteriores concluíram que o formato das janelas do aeroplano, quadradas, eram inadequadas para aviões velozes e pressurizados, pois facilitavam o surgimento de rachaduras em suas arestas e a conseqüente desintegração dos aviões no ar. “- o grifo é meu”. As desculpas e as mentiras são iguais as de hoje. Muita coincidência ! Só que a quantidade de mortos está cada vez maior . Quantas famílias estão sofrendo hoje com perda seus entes queridos? Até quando teremos que dizer que essa aeronave é a mais silenciosa, mais econômica, menos poluente e mais assassina! Vamos continuar culpando os pilotos e as nuvens! Quando será o próximo ? O mês de maio ultrapassou a média de 1,67 para 2 acidentes mensais nos últimos três anos. Nada! Vão dizer que o acidente foi em junho!
