Clic"ali ==>>>> A tese da Perversidade
Namoram dois primos tortos.
O jovem é separado,
já "ficou" em vários portos.
Ela "é do cu riscado".
E ambas as famílias
não se dão lá muito bem.
Mais parecem duas ilhas,
que o rio unir vem.
A rigor, " vir" ter acento,
conforme a boa regra,
neste presente evento
pode causar é refrega.
Mas, a maioria vê
com bons olhos o casal.
É voz da situação
fomentando ideal.
Mas, uma oposição
vê o efeito perverso,
fruto daquela união,
diz que vai dar o inverso.
Intransigente retórica
toma conta do pedaço.
A divergência histórica
cada dia ganha passo.
A oposição não fica
no evento social,
e causa muita futrica,
por causa do tal casal.
Não há iniciativa
de conversa entre partes.
Um prevê a recidiva,
voltarão novos enfartes.
O resto deste reclama:
causa de desunião.
"Deixe em paz a quem ama",
isto que é bel"ação.
Mas, se há oposição,
esta não deixa por menos.
Continua em ação,
colocando seus venenos.
O papo é do rapaz,
que diz sempre carecer
de pessoa bem capaz
de lhe poder entender.
Por isso, sempre escolhe
parceira que o assista.
Pouco depois se recolhe,
chuta a psicologista.
Do seu lado, costumeira
é a tal separação.
Divórcio lá faz fileira,
e há muita decepção.
Ela tem sua mãe santa,
que reza como ninguém
pela filha que encanta
a todos, como convém.
De cabeça muito viva,
desejosa de casar,
encontra quem incentiva.
Solteira não quer ficar!
No fundo, quem se opõe
já está quase gagá,
e de bom livro dispõe
pra cabeça clarear.
Já na terceira idade,
não quer se comprometer.
Dane-se a "unidade",
pois indivíduo quer ser.
E, pra isso, meu amigo,
minhas amigas, também,
tem que pôr folha com figo,
coração com língua, amém!
Pra continuar o tema,
só aguardando os fatos.
Quando vamos ao cinema,
viramos todos bons patos.
Acho que devo cobrar
ingresso de quem vai ler,
quando puder publicar
o desfecho que vai ter.
Que será do belo par?
Que será dos belos pais?
Que será do velho gagá?
Vamos aguardar no cais?
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