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Cartas-->Carta para Patrícia Alencar -- 20/08/2002 - 22:13 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta para Patrícia Alencar

Prezada colega. Antes de mais nada, gostaria de saber, também, os motivos que a levaram a optar pelo candidato José Serra. A minha resposta começa pela análise oposta. Exatamente tentando explicar porque não voto nos outros candidatos e, por conseguinte, os motivos pelos quais optei pelo Ciro e não pelos demais candidatos.

Em primeiro lugar, o critério da experiência administrativa para mim conta bastante, pois a minha formação profissional - Administração de Empresas - assim me obriga. Desse modo, o Garotinho não tem chances. Teve experiências pouco relevantes, no cenário político da cidade de Campos, no Rio de Janeiro, sem grande significância para o Estado, como um todo. Como Governador, além de uma passagem pequena, não deixou boa impressão. E, finalmente, o que mais pesou, foi a sua ânsia de atingir ao poder, chegando, inclusive, a deixar o PDT, partido ao qual pertencia, e que, de certa forma, pela experiência política do Brizola, muito o ajudou. Mas, tanto fez, que acabou tendo que deixar o partido. Como admiro a luta de Brizola e do verdadeiro trabalhismo, de Getúlio Vargas e do Juscelino, por exemplo, o Garotinho não se fez merecedor de meu voto.

Não tenho nada de pessoal contra o José Serra. Acho que ele é tão honesto e bem intencionado como o próprio presidente Fernando Henrique. Mas o nosso presidente no meu modo de ver, falhou muito, na medida em que teve dois mandatos, único exemplo em toda a República,creio, com ampla maioria no Congresso Nacional e não soube aproveitar esses aspectos amplamente favoráveis para realizar as reformas de que tanto o país necessita. Não se fez presente em quase nenhum momento. De certa maneira, é o responsável direto por uma política econômica suicidada. De crescente endividamento público e de alto grau de vulnerabilidade em relação ao capital estrangeiro.

FHC, para mim, portou-se, sempre, como se fosse um presidente, mas de um regime parlamentarista. Sem qualquer posição mais firme em relação ao Executivo. Deixou a coisa muito solta. E os escândalos aconteceram. E não foram tratados com a rapidez e a transparência que se desejava. Além da relação custo/benefício ter sido muito aquém do desejável, se considerarmos o tempo de governo e os resultados produzidos, em termos econômicos e sociais.

E a experiência do José Serra, apesar de ser melhor do que a de Garotinho, também não foi significativa, pelo menos à frente do Ministério do planejamento e, depois, na Saúde. O sucateamento da rede pública hospitalar, o esvaziamento das campanhas de combate às endemias e epidemias, a demissão de servidores, a extinção da SUCAM, a falta de remédios para doenças graves, enfim, a atuação no ministério não lhe garantiu uma posição tão importante como foi, por exemplo, a do cardiologista Adib Jatene que, apesar de médico, teve uma visão mais pragmática, mais de ordem econômica e administrativa, e correu atrás de recursos para a área de saúde, através da CPMF que, infelizmente, o governo FHC acabou desvirtuando a idéia principal do então ministro.

O Lula foi vítima da legislação e da ansiedade em ser presidente a qualquer custo. Com essa atitude, deixou de ser o Lula. E passou a encarnar a figura de um clone. Adotou uma postura que, apesar de politicamente correta, em nada se parecia com o seu estilo próprio. Passou a usar as mesmas estratégias que tanto combatia. Passou a evitar confrontos. Juntou-se com forças políticas antagônicas. E seu programa não passa de uma carta de intenções. Não me parece claro. As grandes questões, como a dívida pública e a violência, não foram bem tratadas.

Sobrou o voto nulo, em branco e em Ciro. Não gosto de ser omisso. Por isso, nunca deixei de votar. E, desta vez a escolha é Ciro. Por quê? Tem muito mais experiência que os demais. Andou pelo Executivo municipal, quando prefeito de Fortaleza, realizando um bom trabalho foi governador do Ceará, Ministro da Fazenda de FHC. Conhece o Plano Real desde a sua implantação e as causas dos seus descaminhos de hoje. É um político sério e trabalhador. Muito melhor preparado dos que os demais. Estudou muito, no exterior, os problemas de nosso país.Um programa de governo definido. Inclusive já publicado em livro. E possui a melhor equipe de assessores com a vinda do Alexandre. O E economista brasileiro José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade de Princeton (EUA), aceitou o convite para participar da equipe do candidato CIRO GOMES, a Frente Trabalhista.

Trata-se do economista brasileiro mais respeitado no exterior. Ele é muito bem relacionado na comunidade financeira internacional. Scheinckman foi aluno do ex-ministro (falecido) Mário Henrique Simonsen. Formou-se em 1969 pela UFRJ. O economista já disse que, de início, são cinco as propostas básicas para o governo de Ciro Gomes: “Uma reforma tributária para diminuir a informalidade da economia, a maior integração comercial do Brasil com o mundo, aumentar a taxa de poupança do governo, uma política de Ciência e Tecnologia e melhorar a distribuição de renda”. Segundo o economista, ainda não está claro se vai ser preciso, ou não, alongar o pagamento da dívida. O problema principal, de imediato, é o custo da dívida, causado pelo excesso de indexação ao dólar.

E, finalmente, pelo fato de eu confiar muito no Brizola. Que é um político que pode ser acusado de tudo, menos de corrupto ou desonesto. Domingos
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