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Contos-->ultimo dia -- 07/08/2002 - 18:16 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
...atirou-se então do prédio, porém ao cair escutou o telefone de uma das salas tocar bem de longe, cada vez mais longe, foi aí que se arrependeu e desejou não ter pulado.

Pelo visto você chegou atrasado e, digamos, “pegou o bonde andando”. Deve estar se perguntando o que diabos levou o personagem cometer suicídio, certo? Ok, eu contarei.

Milla Kette era uma Brasileira que morava no exterior. Casada com Bill e mãe de três lindas filhas, Milla tinha um ótimo emprego e se considerava feliz e agradecida a toda sorte que havia tido naqueles doze anos de casada. Bill foi uma benção para Milla, afinal de contas, no Brasil não vivia bem. Desemprego, concorrência desleal pra trabalhos e paqueras, impostos, foi melhor ter ido.

Após se formar em economia, assunto que entendia com maestria, Milla se inscreveu para uma vaga em uma pequena firma de levantamentos econômicos e de mercado. Adorava o seu trabalho de leituras, projeções e chefia do núcleo de pesquisa e planejamento, fazia com prazer. Milla era uma pessoa normal em uma grande cidade. Tinha vizinhos amigos, tinha um cachorro, tinha marido e filhas, três casos na vida de casada (sendo que o último, o que mantém com seu chefe, ainda perdura) e uma experiência homossexual impulsionada pela insistência de seu marido.

Milla estava prestes a comemorar seu aniversário de 34 anos e resolveu se emperequetar. Saiu cedo do serviço, foi ao salão de beleza e depois uma passadinha no Shopping. Parou para comprar um vestido e demorou uns vinte minutos. Ao sair do provador procurou a atendente e estranhou visto que não havia ninguém na loja: nem atendentes, nem compradores, nem crianças correndo e se escondendo atrás de suas pernas, nada. Deixou, honesta que é e consciente das câmaras que gravavam cada movimento suspeito, “o que as amigas iriam pensar”, pensou ela. Saiu da loja e notou que o Shopping também estava vazio, completamente vazio e silencioso “Alow”, gritou. Entrou em seu carro e notou carros parados no meio das pistas, vazios. Passou em seu trabalho, não podia estar vazio. “Setembro é mês de fechamento” tentou se confortar. Ao chegar lá viu que estava completamente vazia a sala, mas demonstrava que havia acontecido algo naquele lugar pois as cadeiras estava mexidas e os papéis espalhados pelas mesas. Desesperou-se. Ligou para todos os números de telefones possíveis depois de tentar falar com seu marido e filhas. Não havia uma viva alma. Não havia mais ninguém na terra. Estava sozinha. O que fazer? Há, poderia ser a dona do mundo. E seria um grande presente naquele dia onze de setembro de dois mil e três, mas sozinha? Sem ninguém para poder dividir nada, nem conversar, nem brigar, e suas filhas, e marido. Não, não podia ser. Não, Milla Kette. Então...
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