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cronicas-->Prazeres do sábado -- 07/06/2002 - 23:55 (Cláudia Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Logo a luz se instala no quarto pelas frestas da velha janela de madeira. Um calor agradavelmente incómodo nos faz despertar da cama com uma pressa calculada, de quem aguardou ansiosamente por este dia de sol.

Nestas manhãs azuladas é comum o alarido dos pássaros. São periquitos que costumam vir em bandos anunciando o amanhecer. Costumeiramente eles se apresentam em uma sinfonia, bem em frente à janela do quarto de dormir, em um convite irrecusável.

O cheiro de terra molhada paira no ar. As chuvas ainda não cessaram. Mesmo assim, ao se abrir a janela, o céu derrama nos olhos toda a sua amplitude. Em um momento como este, os olhos são capazes de viajar na velocidade da luz, na breve duração de um suspiro. O sol se derrama à vontade nos galhos dos coqueiros que balançam despreocupados. E sem nenhuma cerimónia, uma luz morna invade o quarto.

Não é preciso nenhum esforço para acordar as crianças. Prontamente elas se põem de pé e escolhem com exagero seus brinquedos para os levarem à praia.

Prepara-se um café da manhã prático e colorido. A esposa separa a bolsa da praia, onde descansam os apetrechos abandonados, desde o último passeio. Há areia remanescente, escorregando preguiçosa pelos espaços da palha, ainda impregnada por um cheiro discreto de maresia.

São deliciosos estes instantes que precedem o passeio de sábado.

Há pressa. Após inspeção regular, metade dos brinquedos é barrada e largada por ali mesmo, no chão da sala. Em poucos minutos todos estão prontos para sair, com aquele perfume familiar e um visco na pele deixado pelo protetor solar.

Na atmosfera é quase palpável a densidade dos ares de sábado, dia em que as horas elásticas sobrepujam os ponteiros rigorosos do relógio esquecido no criado-mudo.


Claudia Azevedo
08/06/2002

http://communities.msn.com.br/claudinhahomepage





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