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Cartas-->A superfície das coisas -- 20/08/2002 - 03:04 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As chances de um amor dar errado são muito grandes, as pessoas são tão complexas, tem tantos defeitos e é tão difícil encontrar alguém que pelo menos combine um pouco com a gente ou quem sabe aceite alguns dos nossos defeitos e enxergue algumas de nossas qualidades e virtudes, as pessoas na maioria do tempo estão muito preocupadas com si mesmas, resta sempre muito pouco tempo para pensar nas outras pessoas, estamos sempre querendo a nossa parte e nos esquecemos que para receber também temos que dar.
Um grande problema muito relacionado a isso é a idealização do outro, estamos sempre idealizando um super-homem ou uma mulher perfeita e sempre acabamos nos deparando com pessoas que não correspondem a nada de nossas idéias e muito menos aos nossos ideais daquilo que a gente sonha que seria perfeito ou super para gente.
E tudo parece tão complicado, tão distante daquilo que a gente quer, tudo é tão difícil que fica mais fácil a gente esconder, esquecer essas pessoas perfeitas ou supers, acaba-se aprendendo com o tempo que as pessoas nunca vão ser do jeito que a gente quer, elas são o que são, são da melhor maneira que elas encontram para ser elas mesmas.
Mas para aprender qualquer coisa a vida faz a gente errar, conhecer as pessoas erradas, talvez naquela hora não fosse para ser, faz a gente cair 10 vezes e se levantar 11, quando a gente acha que tem certeza que é aquela a pessoa especial tudo vai por água abaixo, vem a decepção, as frases:
‘Vamos dar um tempo’,’Não sei o que eu quero mais’,’Estou gostando de outra pessoa’,’Acho que a gente não tem mais nada haver’ e por ai vai.
Ouvir essas coisas é tão difícil quanto dizer, dói muito, mas é algo inevitável de acontecer quando não tem que ser, por mais que a gente ache que não vai mais sofrer, que está forte, sempre acabamos sofrendo muito por amor.
Depois de uma decepção queremos ficar sozinhos, evitamos nos envolver com as pessoas, fugimos de qualquer coisa que seja um relacionamento sério, queremos aproveitar, até nos vingar do amor e das pessoas, dá aquela vontade de pisar no mundo como ele pisou na gente, estamos decepcionados demais para acreditar que o amor existe, achamos que ninguém será digno o bastante da gente.
Construímos muralhas a nossa volta, colocamos vigias em cima delas, no caso de qualquer sintoma de carinho, no caso de sentirmos que o amor está apontando no horizonte esse vigia soa o alarme e assim nos preparamos para fugir dele.
Vivemos na superfície das coisas não nos aprofundamos mais em nada, exatamente para não nos decepcionar, perdemos a paciência com a vida, não queremos mais esperar ou ter calma, queremos tudo agora, já, nesse momento.
A vida não para e o mundo vai girando cada vez mais veloz e numa dessas voltas acabamos nos encontrando com o amor mais uma vez, começa tudo de novo, já conhecemos algumas armadilhas e aprendemos a evitá-las, mas tem outras muitas variáveis que escapam, tem ainda algo que não está ao nosso alcance, algo que nem todo mundo acredita, mas que não tem como escapar, algo chamado destino.


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