Às 13H07 de 10 de Abril do sanguinário 2003 - ano do "Mostrengo Predador" - e conforme registo oficial no diário da "Usina de Letras", parto só, algo triste e desgostoso, na hodierna caravela "Lusiletra", sob as bandeiras dos países lusófonos e comunidades portuguesas espalhadas ao longo do mundo. Vou na senda da deliciosa aventura que insiste e persiste chegar sempre mais além, quimérico busílis onde a realidade acaba e o sonho começa... Vou pelos mares da palavra em português, que de Camões a Pessoa se edificou em pátria amada, Rumo à esplêndida descoberta das promissoras e idílicas terras onde a vida reclama ao sol novas auroras de paz e felicidade... Vou rumo à Lusofonia...
Nem fiozinho de aranha Que entreteça densa teia Mosca ou melga tamanha Perturbarão minha ideia Para que logre em mão-cheia Deter os ventos correntes E neles colher sementes Entre as chamas da memória Que darão luz à história Das benquistas lusas gentes Angola de amores carentes Brasil gigante amado Cabo Verde o sossegado Guiné das almas dolentes Macau das saudades quentes Moçambique dor-razão Portugal é o coração Timor sacrário de fé São Tomé é o que é E as Comunidades são Mais milhão menos milhão Trezentos milhões em voz No corpo de todos nós Que em mar d esperança vão Rumando à sábia união Para bem mostrar ao mundo O destino português Que além daquilo que fez Mais e mais será fecundo! Torre da Guia Caravela Latina"Lusiletra" = Embarcação do Séc. XVUsineiro... Se quiseres Entrar nesta descoberta Contacta e o que fizeres Tem aqui a porta aberta.
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