Como a Torre Eiffel (símbolo fálico gravado no inconsciente coletivo), "O Pescoço da Girafa", para mim, é uma veneração consciente desde os primórdios de meus passos, quando ganhei uma girafa de plástico... Minha mãe guardou-a sem saber que tal peça seria futuramente a primeira girafa da minha excêntrica coleção. Hoje, com mais de 360 exemplares sonho em vê-las bem próximas! Adoro girafas! São pacíficas, inofensivas, elegantes, bonitas, misteriosas e representam uma agradável ambição. Nenhum animal pode competir em altura com este singular mamífero, pois é o mais alto do mundo! Todos que me conhecem costumam comparar-nos... Só não sei se é por causa de seus muitos adjetivos, da minha coleção ou dos meus quase 2 metros de altura! De certo que sou alto, porém não chega a tanto! Mesmo faltando-lhe a voz, e numa extensão da minha criança interior, à s vezes, como na fábula para crianças: "Pedro e a Girafa" (de Júlio Conte), sinto-me um menino solitário que tem uma girafa de brinquedo como única amiga com quem conversa... Ou ainda como no filme: "O Noivo da Girafa" (encenado por Mazzaropi), outras vezes sinto-me naquela história de confusões vividas pelo simplório Aparício Boamorte que trabalha num zoológico e que também tem uma girafa como confidente, para desabafar as broncas que leva de todas as pessoas com quem se relaciona... Certa vez, assistindo à um documentário sobre o comportamento das girafas, todos os presentes caíram em gargalhadas alegando que agora compreendiam o porque do meu "estranho" amor! Fiquei com a maior cara de tacho! Enfim, quando há oportunidade, eles não livram a minha cara e sempre dizem que: a conduta de um é o estilo do outro!