Como ver-te sem volúpia,
Como?
Teu amor de si
Transborda e é tanto que
Me roça e molha
A minha boca.
Tua boca roça o meu desejo
E teu riso de cetim
Devora a minha calma.
Ah, eu morro de amores!
Eu morro de amores!
Neguei a dor de outrora.;
Ora nego meu amor às outras.
Bom anjinho,
D’olhos de serpente,
O que de mim te falta
P’ra que tenhas
Té a minha alma?
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