Que sensação é esta que me invade!? Quando me pediste para Voar mais alto para alcançar O seu desejo? Se pudesse olhar em sua volta Ou ter meus olhos (teus) Naquele momento teria visto A revelação do meu desejo. Pois quando a vi na tentativa altiva De elevares mais. Revelaste-me e me instigou te desejar. Não conseguindo me conter Adentrei-me pela volúpia de teu corpo vestido. (não meu) A desejar por um instante o intimo. Há que incógnita e este amor! Que me faz testemunha de mim Ao cavalgar sobre ti Dizendo-lhe palavras de tom Sereno meio rouco acompanhado Com inspiração desordenada Como uma orquestra a trotar vagarosamente Em um Rondon delirante. Enquanto minhas mãos sobre as tuas E meu corpo sobre o teu Movendo-se de tal forma Semelhante ao tecer algodão Nos levando acessão do prazer E difícil imaginar uma queda De uma latitude tão translúcida Dessa viagem itinerante. Se em teu peito forte rígido Encontro redia segura Jamais me permitindo imaginar tal desgraça Um declínio na alquimia cega desse momento único. Que me invade. Preenche. E me leva a acreditar Que sou único Que tem o segredo de teu celibato O sentido de bem querer. 31 de julho de 2002 As 07:46
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