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Poesias-->EGÉRIA -- 07/10/2002 - 09:05 (Emerson Mutz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Expulso-te com fino trato



Leigo de minhas entranhas



És um enfermo empírico e minha eugenia



de certo o mutilará.



Pois, sutil e dócil e um giro circunflexo



Deixando meu flanco à amostra



Como um punhal ferindo



Seu bem mais precioso



Tornando-me vilã por indução de meu ato.



 



Mas, no resto sim ficaste



A sublinhar as linhas da minha indiferença



Ao rogar pragas em meu epitáfio



Na promiscuidade de um racionalista



convicto do desamor.



 



Perdoai, meu encarnado homem



Por não amanhecer meus sentidos



De seu paladar, a minha boca não aceitar



De te deixar inundar o olfato pra se preencher



Se com tua audição tu repousas em mim



Logo em seguida recuso.



 



teu tato de toque forte e desejoso



Sem almejar o entendimento



No declínio involuntário de minha visão



Percebo a verdade em sua plenitude



Tu não és um placebo que cura com a morte



E alivia com lucros



E sim o dizimo a oferta



Um milagre nas trevas



No meu horizonte profundo.


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