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Artigos-->VOLTAMOS A 2004? Gilmar Mendes, Alexandre Garcia e FSP -- 02/03/2009 - 20:39 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Voltamos a 2004? Ministro Gilmar Mendes, TV Globo e Folha de SP dão o tom do que vai ser a campanha eleitoral





Não posso dizer que estou inteiramente surpresa. Mas, confesso que não esperava uma reação tão raivosa. Nem que a tucanada tivesse esse poder todo, na mídia, depois de uma excelente administração do Governo Federal, nos últimos anos. Parece não fazer sentido, a crise não chegou à gravidade que poderia – e que chegaria se fosse nos anos FHC -, os empresários estão bem de vida, o consumo interno continua aquecido. Então, amigos e amigas, é ideológico mesmo. Não faz sentido, porque os anunciantes diminuiriam numa recessão. O Governo Lula contrariou interesses poderosos, mas minoritários. A maioria do setor produtivo está bem. Mas vamos aos fatos da falta de senso:

Fato 1 – a FSP, ao reagir à vitória de Chávez na consulta popular e sua afirmação de que a ditadura militar, no Brasil, foi “branda”, foi algo tão estúpido, tão fora de propósito, eu diria, até, surreal, que entrei em choque. Jesus Cristinho, Vladimir Herzog deve ter se revirado no túmulo, só para citar uma vítima. Entre tantas. A Folha afirma que só sofreram perseguição, tortura e morte, os que “mereceram”. Esquece que o Estado não pode, sob qualquer alegação, assassinar pessoas. Deve acusá-las, dar-lhes direito a um julgamento onde possam apresentar sua defesa e, dentro da lei vigente, condená-las a uma pena, se for o caso. E o Brasil nunca teve pena de morte, pelo menos na República recente.

Fato 2 – Apesar dos registros fotográficos divulgados até na grande mídia, dos “seguranças” de arma em punho, no caso do conflito em São Joaquim do Monte, o Ministro do nosso Supremo – vejam SUPREMO – se posiciona publicamente contra uma organização legítima, como é o MST. Deveriam os militantes se deixar matar, como aconteceu em Eldorado dos Carajás? Ou como a Irmã Dorothy? Onde estão os assassinos? Presos? É preciso que os “seguranças” saibam, sim, que também correm risco de vida. Que não podem aceitar trocados para matar pessoas. Pode parecer duro eu dizer isso, porque sou a favor da vida e contra a violência, mas penso exatamente assim – a legítima defesa é um instrumento jurídico legal. Ou não? Recomendo aos que me lêem acessar a Carta Capital - Nos rincões dos Mendes - 20/11/2008 - matéria de Leandro Fortes, de Diamantino (MT). Fiquei de cabelo em pé.



O senhor Alexandre Garcia, que parece uma vestal em seus comentários raivosos, afirmou textualmente – terra é para quem tem dinheiro para comprar. Mas a própria Constituição diz que todo cidadão tem direito a uma vida digna. E lutar por ela é legítimo. Mas parece causar incomodo o fato de pessoas - são apenas desempregados, segundo o comentarista – quererem ter terra e não serem (des) empregados.

Fato 3 – Além dos comentários no caso do MST, o Senhor Alexandre Garcia desclassificou o funcionalismo público, no jornal da manhã. Disse que o dinheiro investido nos salários do funcionalismo público era um investimento IMPRODUTIVO. Realmente, produtivo é o setor privado, que coloca produtos nocivos no leite que a população consome a preços nada módicos, produtivo é o setor financeiro que quebra e recorre ao Estado, produtivas são as montadoras de automóveis que se valem de isenção de ICMS e demitem trabalhadores. É esse setor privado e produtivo que parece defender o comentarista.

Pessoalmente, acredito que o senhor Alexandre Garcia é uma espécie de funcionário público também. Não concursado, como a maioria do funcionalismo público, de qualquer poder, é. Porque o Senhor Alexandre Garcia trabalha, não sei se como prestador de serviço ou se como celetista – numa empresa que usa uma concessão pública. A Rede Globo tem uma concessão publica para fazer comunicação. Não é isso?

Então, porque ele se acha superior a um funcionário que fez concurso público para conquistar um salário decente? Porque ele acha que merece mais o seu salário do que um assessor legislativo, um professor, um médico, um bancário de banco público?

Essa é a mensagem implícita no discurso do Sr. Alexandre Garcia. Ele poderia ter uma casa no Lago, uma chácara no Altiplano Leste, poderia ter multas de trânsito, porque poderia pagar por elas. Quem não pode, que se dane. Agora, eu gostaria de saber – o que há de produtivo para o Brasil nos comentários do Senhor Alexandre Garcia? Eu vou fazer o seguinte – não consumirei produto de qualquer patrocinador de jornal onde o Senhor Alexandre Garcia seja comentarista. É o que posso fazer. Só farei exceção para CEB e CAESB, porque aí, não tem jeito. Ainda bem que o meu banco patrocina outros programas, senão eu estaria encrencada para cumprir minha promessa.



Tânia Cristina Barros de Aguiar









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