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Artigos-->NO CERNE DO ABSURDO. -- 21/02/2009 - 04:30 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NO CERNE DO ABSURDO.



De vez em quando me pego a pensar sobre a razão e o porque dos acontecimentos.

Cometi a burrice de não freqüentar banco de escola.

E de repente sinto-me impelido a escrever cada vez mais.

Não sei se é coisa do destino ou é o próprio acaso que me leva para o cerne de alguma coisa que precisa ser comentada.

Longe de mim querer achar que sei e tenho o direito de escrever sobre assuntos vários.

Primeiro fui levado para dentro de um hospital público como assessor de um político que achou poder me transformar em cabo eleitoral. Foi aí que pude constatar como a vida de um pobre nada significa para quem está no poder. Assisti pobres morrendo por culpa única e exclusiva dos burocratas que tratam seres humanos como lixo, muitas vezes tive que pagar motoqueiro com meu próprio dinheiro para buscar agulha emprestada para uma seção de hemodiálise.

Depois fui levado a testemunhar a construção de um conjunto habitacional com financiamento da Caixa Econômica, onde a construtora sonegava a maioria dos impostos, comprando tudo com meia nota.

Também atuei na construção da prefeitura da cidade e pude mais uma vez constatar que os políticos acreditam que dinheiro nasce em árvore, tamanho os desmandos.

Agora fui jogado dentro de uma das maiores universidades do país para ser testemunha ocular de ações nunca dantes concebidas por este pobre ignorante. Trabalhei na construção de uma obra gigantesca para abrigar uma faculdade.

Tudo nos leva a pensar que estamos em um país de primeiro mundo.

Escadas de granito, paredes de vidro fumê e portas de vidro que servem apenas para enfeitar.

Nada foi economizado.

Retrabalho foi a tônica da obra que entrou em reforma mesmo antes da inauguração.

Construção de primeiro mundo para uma elite dominante.

Os ricos!

Que faculdades precisam ser construídas não resta a menor dúvida, mas que muita coisa poderia ser economizada, também não resta a menor dúvida.

Terminada a obra fui levado para um prédio que foi demolido para dar lugar a um mais moderno, fiquei abismado com o descaso com a coisa pública. Janelas com vidro, portas, vasos sanitários, lavatórios, mictórios foram retirados e levados para um bota fora onde serão vendidos a preço de banana em leiloes, se forem.

E por este país afora milhares de escolas e creches estão sucateadas e os alunos usam a privada sem ao menos uma porta para sua privacidade.

O prédio foi esvaziado e os responsáveis abandonaram armários, prateleiras, monitores de computador, carcaças de computadores dando a nítida impressão que os componentes foram subtraídos..

Quadros negros com mais de três metros em perfeito estado de conservação serão descartados.

E tudo com etiqueta de patrimônio.

Quem controla?

Para que serve a etiqueta?

Logo em seguida fui levado pelo destino para dentro de outra instituição federal.

Um lixão a céu aberto

Aqui também nada é economizado.

No restaurante, toneladas de comida são jogadas no lixo porque não existe nenhuma política de controle do desperdício.

Luzes acesas durante o dia e uma poluição que nunca foi comentada na cidade, falam apenas dos empregos e dos impostos que esta empresa gera.

Gases são lançados no céu por mais ou menos uns quarenta chaminés e o sinal de alerta tocou três vezes em dois meses.

O bairro vizinho constantemente recebe uma descarga de gases e uma fumaça preta sempre está a afetar a saúde dos moradores.

O que a empresa faz para minorar esta situação?

Investe na burocracia para evitar acidentes internos.







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