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Artigos-->PELA SUPERAÇÃO DO CONFLITO -- 30/01/2009 - 17:25 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PELA SUPERAÇÃO DO CONFLITO

- artigo publicado no ESTADO DE MINAS - Seção OPINIÃO - em 29/01/2009



Délcio Vieira Salomon*



O conflito Israel-Palestina, depois de uma breve trégua, voltou à tona. Os dois povos reivindicam religiosa e politicamente como "terra a eles prometida" a mesma região, onde vivem 5 milhões de judeus e 4,5 milhões de árabes. Durante muitos séculos nesta região se constituiu o reino judaico até que os romanos invadiram o território (em 189 AC). Derrotados na revolta contra Roma que durou desde 70 até 134 DC, os judeus foram exterminados e expulsos (a chamada diáspora). Para os árabes, a terra é deles, porque ali estão morando há séculos e continuaram a descendência dos que lá permaneceram, após o êxodo dos judeus. No século VII houve a invasão mulçumana e os sobreviventes misturaram sua etnia com a dos invasores. Desde então Jerusalém passou a ser também para eles o centro cultural e religioso. Lá construíram as mesquitas de al- Aqsa e a de Omar, considerada o 3º lugar mais sagrado para os mulçumanos. Afinal, pela tradição, foi ali que Maomé ascendeu ao céu montado no seu cavalo Al Buraq.

Diante da história parece que ambos têm direito a essa terra. Entretanto, se houvesse respeito ao usucapião no direito internacional, à primeira vista os palestinos teriam mais direito do que os israelitas. Estes só retornaram em 1947 e, por decisão da ONU se constituíram em Estado. Infelizmente, a ONU, influenciada pelos USA e pelos judeus que lá residem em grande número, reconheceu o Estado de Israel e não o da Palestina. Sem dúvida atrás da influência política estava o poder do vil metal, que sempre fala mais alto que todas as razões.

Infelizmente o problema, desde a criação do Estado de Israel, tornou-se mais complexo. E para problema complexo não há solução simples. Uma coisa é certa: nenhuma guerra entre judeus e palestinos solucionará o problema e nenhum dos lados desaparecerá da face da Terra. Segundo os analistas políticos só há quatro possíveis soluções: 1) os árabes ficam com todo o território e os judeus voltam ao "status quo" de antes da segunda guerra mundial – 2) os judeus solidificam e institucionalizam sua presença como Estado e expulsam os palestinos – 3) cria-se um Estado binacional para que judeus e árabes convivam sob o mesmo teto – 4) formam-se dois Estados, cada um para cada povo. Óbvio que a primeira e a segunda hipótese implicam a eliminação de um pelo outro pela força, através do genocídio e da deportação em larga escala. A terceira solução é atraente na teoria, mas impraticável diante do ódio recíproco há séculos alimentado. Então, parece que racionalmente, embora não emocionalmente a única solução é a formação de dois Estados, convivendo lado a lado, com demarcação justa e equânime das terras, ignorando as pretensões de Israel que quer para si os territórios conquistados com a guerra de 67.

Aqui está o busilis da questão. Vejo que o maior responsável para que esta quarta hipótese não tenha sido acatada até hoje são os próprios USA que sempre demonstraram apoio a Israel e aversão aos árabes.

Se os USA mudarem o eixo de sua política internacional, o problema Israel e Palestina estará solucionado. Quem sabe se o presidente Barak Obama consiga mudar esta política americana? Com o poderoso país por trás, sempre prevalecerá a lógica perversa do portador de arma contra o desarmado. Completando, last, but not least: que desta vez os USA não impeçam na ONU ou em outra instância internacional que Israel seja julgado por crime de guerra e contra a humanidade. Uma lição que precisam reaprender e que tão bem ensinaram ao mundo em Nuremberg.

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