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Poesias-->Palavra.. A céu aberto. -- 01/10/2002 - 08:45 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma vez fomos caçados pelas matas do Araguaia...

Passamos fome, medo e sofremos tantas vezes que os golpes que dilasceravam a carne, que os calos que abriam nas mãos já nem se sentia.

Por tantas vezes a coragem de sobreviver,a esperança pálida nos olhos, nos sonhos, nos permitia renascer, vendo no futuro incerto o raiar da liberdade no novo mundo da América.

Liberdade que muitos de nós construimos com as próprias vidas, com o sofrimento de nossas famílias. Pois por tantas vezes tivemos nas mãos o sangue e o último grito de nossos filhos ou mulheres em gemidos sufocados pra não delatar.

Vimos de perto os homens fazendo das leis as suas vozes escusas. E quantas e quantas vezes rirem-se da desgraça da multidão, enquanto faziam hipocresias.

Uma vez choramos em juras ditas com a alma, erguer da lama o nome desse nosso país, ao píncaro das grandes nações, quando a repressão cansada de matar, de calar-nos a força os nossos sonhos e gemidos, quando os chicotes do carrasco, as armas do soldado e a cegueira da visão cansada do calor dos ferros em brasas fossem depostos.

Quando as mães grávida possam parir os seus filhos sem maculação dos ferros e das torturas morais.

Uma vez no meio da noite, ao norte do céu estrelado choramos por ter os nossos corações apertados de não vermos a luz desse novo país. E a pouco nos tornamos senhores e nem sabemos o que fazer no meio do povo.

E somos do meio deles.

A deriva, hoje essa multidão segue na humilhação, continua passando fome, tantas e tantas provações que o consomem em tanta fome, em tanta fome, que ainda a ignorância o faz esperar pela morte ou rezar para Deus no canto da sorte, pedindo a salvação.

A esperança quase perdida é uma farsa bem aproveitada por esses senhores, que hoje são das capitais.

E nós com o poder nas mãos, em tantos poucos anos, envidamos forças, em ter mais do mesmo, que um dia nos fez chorar, morrer... Gritar de dor no meio do nada.

Queira Deus não terminarmos essa vida efêmera, com uma lembrança do mal que tantas vezes lutamos,consumindo a nossa mesa.
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