É claro que ninguém poderia estar contente perante os acontecimentos do mundo. A coisa é séria e andamos meio desencantados com o ser humano. Não estamos sendo pessimistas nem querendo tirar o sossego de ninguém. Apenas constatando uma realidade que vemos nas ruas, nas notícias dos jornais, na imprensa em geral. A esperança que reside em nós às vezes balança quando nos sentimos oprimidos, sufocados, impotentes e vulneráveis diante de tantas desventuras. Como não estar triste, se assim parece caminhar a humanidade: desenfreada, arrogante, incrédula e má?
A amizade que vem das pessoas que sequer conheço é que extrapola a barreira de nossas distâncias. Distâncias que de alguma forma têm nos unido além-palavras, e buscamos na esperança em conjunto um mundo mais justo. São esses fatores que se contrapõem à onda de maldade que ameaça a todos nós, violências que grassam em cada esquina, como se nada de novo ou de bom fossem mais nos ocorrer. As pessoas precisam se unir visando formar novas consciências, novos valores que venham trazer à humanidade uma perspectiva diferente de vida, algo que transforme para melhor o interior de cada um.
Eu sempre busquei na minha vida o bem comum. Asseguro-lhe que essa minha consciência por um mundo mais fraterno me faz escrever coisas assim. É claro que eu gostaria muito de tê-los como especiais cúmplices dessa nossa energia para ver tudo melhorar. Há muitas pessoas igualmente preocupadas com o surgimento de um mundo novo. Enquanto os bons ventos não vêm, falta-me tempo para participar da vida de forma mais inteira e adequada aos meus princípios. Por enquanto nada me impedirá de ser feliz. Aliás, permito-me ser feliz. A vida - apesar de tudo - é maravilhosa! E juro que sou um desses teimosos que ainda vislumbram um mundo melhor para todos. Caminho em busca de uma sociedade inteiramente solidária.
Luiz Maia
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Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar", "Cânticos" e "À flor da pele". Recife-PE.