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Artigos-->O grande salto do futebol brasileiro! -- 13/01/2009 - 16:21 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O grande salto do futebol brasileiro!

Carlos Claudinei Talli



O que aconteceu no Brasil para que deixássemos para trás o nosso ‘complexo de vira-latas’ e nos tornássemos o ‘país do futebol’, praticando, até há pouco tempo, sem qualquer sombra de dúvida, o melhor futebol do mundo?



Na minha cabeça surgem, repentinamente, como que num caleidoscópio, duas datas e três nomes: 1950, 1958, João Havelange, Paulo Machado de Carvalho e... Pelé.



É lógico que, para se colher, tem-se que plantar. Assim, fazendo-se uma analogia, Einstein não teria descoberto a sua Teoria Especial da Relatividade se Newton não tivesse existido, e este, sem Galileu e Copérnico, e, assim, sucessivamente. Em todas as áreas isso ocorreu. Com todas as coisas a evolução se processou passo a passo, um degrau após o outro. E, num determinado momento, dá-se a grande explosão. Aquele átimo de tempo mágico em que a grande idéia acontece. Um verdadeiro salto quântico. Eureka! Então, o fato se concretiza. E fica no ar a sensação de que tudo foi criado naquele instante. Mas...



Com o futebol não foi diferente. A primeira metade do século passado foi a incubadora do futebol brasileiro; o período de aprendizado com os insucessos. O ano de 1958 foi emblemático, porque se transformou num divisor de águas. Foi a tênue linha limite entre o antes e o depois. E eu não tenho qualquer dúvida, embora não tenha vivido a maior frustração coletiva pela qual o futebol brasileiro passou, que 1950 foi o embrião do grande salto.



Existem muitos adágios que foram criados exatamente para explicar esses momentos. ‘Das crises nascem as idéias’. ‘Primeiro vem a tempestade, depois a bonança’. ‘O sofrimento purifica o homem’. E inúmeros outros, no mesmo sentido.



Em 1958 o futebol brasileiro estava amadurecido para o grande salto. Assim, no momento certo, surgiram dois visionários. João Havelange, o empreendedor, e Paulo Machado de Carvalho, o carismático realizador. Esses dois homens criaram a estrutura mínima de organização, da qual o futebol brasileiro, já tecnicamente excelente, carecia.



Os erros do passado foram aproveitados como lição, e corrigidos. A tecnologia pela primeira vez foi aplicada. Até psicólogo e nutricionista aquela delegação tinha. E isso, para a época, era inaceitável. A cultura reinante achava tudo aquilo frescura. Na preparação física, então, houve um avanço assustador. Passou-se da pedra lascada à conquista do espaço.



João Havelange foi um Juscelino Kubitschek – JH e JK se parecem, não? - do futebol, que deu todas as condições para que Paulo Machado de Carvalho, ‘o marechal da vitória’, como passou a ser chamado após a conquista do primeiro título mundial, colocasse em prática a sua capacidade de formar grupos vencedores. Este, além do seu carisma impressionante, era um otimista inveterado. Com ele, o tal ‘complexo de vira-latas’, de Nelson Rodrigues, virou pó. E a auto-estima do grupo foi elevada aos céus.



Já tínhamos uma base muito boa da Copa de 54 – Djalma Santos, Newton Santos, Didi -, e como aquele era o momento mágico do futebol brasileiro... Surgiu Pelé. Não só o Rei do Futebol, mas me desculpem a pseudo-heresia - pois não estou falando de religião -, o próprio deus do futebol – este, certamente, criação Daquele -.



Não por acaso, num artigo anterior eu lembrava que Pelé, além de ter uma técnica extremamente refinada, possuía um vigor físico privilegiado, uma impulsão até hoje não vista, um poder de conclusão das jogadas incomparável, jogava coletivamente e, de quebra, chutava espetacularmente com os dois pés! Vocês querem mais?



Com tudo isso, o Brasil tinha chegado ao momento exato do grande salto.



E,como que num passe de mágica, onde eram trevas, fez-se luz!



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