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Artigos-->CRIME CONTRA A HUMANIDADE -- 10/01/2009 - 00:53 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRIME CONTRA A HUMANIDADE



Délcio Vieira Salomon



Não bastasse comungar da indignação mundial contra o holocausto que está sendo cometido por Israel contra o povo palestino (frise-se: o povo, não o Hamas!), leio estarrecido que a ONU acaba de denunciar e condenar os militares israelenses, por fuzilarem 30 civis numa casa depois de (eles mesmos!) os abrigarem.

Fez-me lembrar semelhante episódio ocorrido na guerra do Paraguai, quando o conde D`eu, chefiando o exército brasileiro, no dia 15 de agosto de 1869, incendiou um hospital onde estavam abrigados velhos, crianças e mulheres.

Lá e cá a mesma desculpa hipócrita: - a guerra justifica tudo. Os militares obedecem ordens e essas ordens são emanadas pelo poder legitimamente constituído.

Diante da estupidez humana institucionalizada, faço coro ao jornalista israelense Gedeon Levy que assim se expressou no jornal Haaretz sobre esta última ignomínia de Israel contra os palestinos em Gaza: "Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes. Quem prega mais guerra e crê que haja justiça em assassinatos em massa perde o direito de falar de moralidade e humanidade. Esse tipo de atitude é perfeita representação das duas caras de Israel, sempre alertas: praticar qualquer crime, mas, ao mesmo tempo, auto-absolver-se, sentir-se imaculado aos próprios olhos".

Não sou cientista, nem analista político, mas como humanista não me é dado suportar calado os defensores desta guerra amaldiçoada. Longe de mim ser juiz da opinião alheia, nem me cabe ser desafiante para debate sobre o tema complexo da origem do Estado de Israel e do obnubilado esquema que promoveu sua fundação.

Apenas me atenho aos fatos. E esses fatos não podem ser deturpados pela ideologia sionista e pela intolerância dos que simplificam o que está ocorrendo como se fosse legítima defesa de Israel contra o terrorismo islâmico. Maquiavel, se vivo fosse, confessaria que tudo que escreveu esboaria no ar diante das justificativas de Israel. Não só os fins estão justificando os meios. Os promotores desta inominável carnificina estão tentando justificar sua própria insensatez e estupidez de quem deveria ter vergonha de revidar com as mesmas armas de que um dia foi vítima. Auschiwitz não justifica novos Auschiwitz. Os traumas, os complexos do genocídio da segunda guerra jamais hão de justificar este novo tipo de genocídio que os judeus invasores de Gaza estão cometendo. Se alguém estranhar que estou usando o termo inadequado, lhe refresco a memória. Segundo qualquer dicionário ou enciclopédia, genocídio é definido como o assassinato deliberado de pessoas, motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e (por vezes) políticas. Pode referir-se igualmente a ações deliberadas, cujo objetivo seja a eliminação física de um grupo humano segundo as categorias já mencionadas.

Então não é isto que o governo de Israel está cometendo contra o povo palestino?

Mais do que triste e lamentável, seria terrível pensar que Israel se constituiu e se promove como nação e como estado em nome da vingança por causa da diáspora, dos êxodos históricos e das mortantades cometidas contra seu povo. Lembremos sempre: o povo não é o establishment que o governa!

E não esqueçamos: a violência gera, em contra-resposta, novas violências. O futuro não pertence às guerras. Pertence à paz! Cabe mais ao poderoso do que ao oprimido construí-la.

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