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Artigos-->A Cidade dos Desesperados -- 27/12/2008 - 22:09 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Cidade dos Desesperados





Viver em uma metrópole que está em terceiro lugar em número de habitantes e que tem uma tremenda injustiça social, onde as pessoas lutam diariamente para sobrevier não é nada fácil.

Tudo isso transforma o ser humano, todo lugar que a gente vai tem uma disputa, filas intermináveis, o simples se torna complicado, os seus direitos são costumeiramente vilipendiados, o certo se transforma em errado e vice versa.

Com um olhar mais cauteloso de um bom observador, percebemos que não temos nenhuma segurança, as sinaleiras estão abarrotadas de pessoas que obrigam os motoristas a “aceitarem” a limpeza do pára-brisa, se negamos o “serviço” é uma verdadeira luta para que não tenhamos prejuízo na lataria do automóvel, ao estacionarmos, os “flanelinhas” têm o espaço público loteado, e somos obrigados a pagar para estacionar o carro.

Os shoppings querem cobrar para estacionarmos, ou seja, pagamos duas vezes, para comprar e para deixar o veículo.

Os parques públicos como o da cidade, o de Pituaçu, não podemos mais andar livremente, se resolvemos nos aventurar a percorrer todo lugar, corremos o risco de não voltar; a praça da piedade, tem uma verdadeira revoada de pombos no ar e nas árvores, quando não estão dividindo o espaço público com as famílias de mendigos; no Dique do Tororó as pessoas não andam mais, elas se desviam da bandidagem.

O sistema de transporte público é um verdadeiro horror, aumentou a passagem há dois anos, ao passo que diminuiu o tamanho do transporte e a quantidade, a gente sai e não sabe o horário que volta, nos dias de sábado, domingo e feriado, então, é melhor desistir de sair, como muitos já estão fazendo, pois evita se expor à bandidagem e a espera de horas na parada de ônibus, e ainda querem aumentar a tarifa!

Há tempos já havia comentado sobre a “redoma do Pelourinho” pois durante à noite somente ali havia segurança, hoje nem mesmo lá, ninguém de sã consciência passa andando tarde da noite no centro ou baixa dos sapateiros e adjacências, para não falar dos subúrbios.

As pessoas sempre evitavam determinados lugares onde a violência imperava, hoje ela está em todo canto, não estamos mais seguros nem na nossa própria residência.

Durante as festas de final de ano é um verdadeiro horror, com o décimo - terceiro em pauta uns pagam as dívidas, outros compram as lembrancinhas, outros roubam os compradores.

Todos querem dar um jeito de ganhar algum dinheiro, lícita ou ilicitamente, suborno, propina, tudo aparece mais frequentemente.

O carnaval vem aí, o desespero vai continuar, “todos” querem o seu “abadá” o seu camarote, a sua “cervejinha” e assim a “cidade dos desesperados” vai adentrando o futuro, sem nenhum serviço público descente, todos querendo “tudo” e a nossa metrópole sofrendo com sucessivas gestões indigestas.

O dinheiro público indo para poucos e o restante amontoado encima do desespero de ser cidadão soteropolitano, baiano, brasileiro.



Marcelo de Oliveira Souza













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