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Artigos-->POR UM IRMÃO DISTANTE -- 22/12/2008 - 12:41 (L. Stella Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Está chegando o Natal! Época de lembranças, a saudade das pessoas da nossa infância. Momentos sonhados, ou talvez vividos... Lembranças, apenas.

Não importa aqui, seu nome, somos sempre irmãos, porque filhos daquele mesmo Pai que nos criou. Vivemos na mesma época, aprendemos, caminhamos pelas estradas do tempo... E quanto já andamos!...

Se como crianças fomos tímidos, o tempo agora nos dá esse poder de falar o que sentimos, independentemente de tudo se necessário, embora também possa ser dispensável.

Mas, aqui eu falo que, afinal de contas, a vida valeu a pena!

Trilhamos outros caminhos... Faz tanto tempo!... E esse tempo passou levando para o futuro nossos desejos mais simples, nossos sonhos, ampliando os nossos conhecimentos, mas mantendo os nossos horizontes largos, porque grandes eram nossas perspectivas.

Mesmo tão afastados, fazemos parte da vida, que é daquele mesmo tempo, de uma mesma infância , talvez até dos mesmos sonhos... Vimos igualmente o mesmo sol, as mesmas paisagens, que ainda hoje fazem parte de nós, como fazem parte as lembranças das coisas boas, dos momentos de luta, das oportunidades surgidas, das direções tomadas.

Lembranças são coisas que ficam impregnadas em nós, fazem parte do passado, são instantes da vida. Podemos até ignorá-las, mas estão fixadas nas nossas passagens, nos rastros que deixamos e que já ficaram indeléveis, provavelmente misturados com tantos outros que passaram pelos mesmos lugares.

As pessoas passam como o vento, velozes, às vezes indiferentes. Mas, eu não. Embora veloz... volto. Sou assim. Por isso escrevo por mim, esperando escrever para você.

A vida é uma estrada que se abre aos nossos olhos com seus encantos, mistérios, surpresas e também as decepções, desassossegos. Os sonhos são as estrelas que gravitam em nosso céu. A esperança é o nosso sol! Todo dia lá está ele sempre com uma nova oportunidade, mostrando-nos que sempre é tempo de recomeçar.

Vamos decifrando os enigmas que nos aparecem, apurando nossa sensibilidade e, naturalmente, com as nossas oportunidades, vamos afinando o nosso gosto... Ou pode ser que estejamos nos embrutecendo, esquivando na indiferença. Sonhando... Pois, sonho é miragem, precisamos crer para poder ver, sentir, torná-lo realidade, para sentir palpável, visível com todas as cores, com todos os perfumes. Gosto de pensar assim, para mim tudo é real. Mas, justamente a vida que levamos, na maioria das vezes feita de sutilezas, sentimos nossos pés de barro. È a hora do equilíbrio. Precisamos raciocinar para nos mantermos em pé. Sentindo que crescemos, pensamos... E sentimos.

Contudo, temos sempre oportunidades de escolhas, maneiras de ver ou de viver. Podemos olhar para frente, encarando esses desafios, os emaranhados que nos farão tropeçar, mas procuraremos chegar ao fim da linha, em pé. Olhando para baixo, veremos o espaço que ocupamos, perderemos tudo mais à nossa volta: os perigos maiores ou as belezas melhores! Então ainda nos restará a oportunidade de um olhar para dentro de nós mesmos. Porque, nessa altura da vida, somos todos ricos. Nossa experiência nos levou tão longe, porque nossa vivência é algo único. Mas pode ser que estejamos muito pobres, vazios, ocos de sentimentos pelas passagens da vida.

Estou falando por mim, esse monólogo quase teatral. Tão somente estou representando uma situação criada na minha imaginação fértil, na esperança de que esta página seja lida e compreendida como o esboço de uma história que foi abortada pelo tempo, sem começo e sem fim. Os personagens vão sair de cena, estão muito distantes, não há diálogo, estão dispersos, sem amanhã... Quem sabe, uma outra página aparecerá, outra narração mais bem montada... Devemos ter muitas histórias para contar, infindáveis viagens pela vida nesses anos todos. Mas, não posso falar de outras viagens que não fiz, nem tenho algo sobre aquilo que não vi. Eu escrevo sobre o muito que vivi e falo somente daquilo que senti.

Nosso momento de explosão já passou. Resta-nos a introspecção. Sem lembranças, sem saudades. A vida seguiu seu curso, e distraída, olhei para trás. Foi assim que vi você!

Não devemos , mesmo em fotos, procurar imaginar sobre qualquer criança, pois aquelas, serão pessoas muito diferentes. São frutos de uma fantasia, desconhecidas então!

Todos nós somos como as pedras que rolam nos movimentos das estradas. Talvez, um dia, juntas, e afinal separadas para sempre.

Sem rosto... Sem nomes... Talvez saudades...



lstellamello@uol.com.br

Autora dos romances "EULÁLIA", "AMOR SEM FRONTEIRAS" e livros de poemas `PLENITUDE`
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