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Poesias-->A Nova Torre de Babel -- 27/09/2002 - 16:42 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Nova Torre de Babel

(por Domingos Oliveira Medeiros)





Eram muitos. Em grupos bem distintos. Diferentes em quase tudo. No tamanho. No comprimento. Na largura. Na forma. No modo de gritar. De pular. De comandar. De conquistar. De liderar. Diferentes até nas cores. E no jeito de andar. Falavam alto e ao mesmo tempo. Sobre vários assuntos. Não dava para entender muito bem o que diziam. Todos balançavam a cabeça, num gesto de que estavam em perfeita comunicação. Apesar da algazarra. Observava seus gestos e seus movimentos. Pude, por inferência, entender alguma coisa de que falavam.



Havia, por parte de alguns deles, muitas reclamações. Dava para perceber que estavam trocando insultos. Enquanto outros, de outros grupos, em linguagem diferente, confraternizavam-se. Comemoravam alguma coisa. Talvez, quem sabe, algum aniversário. Ou, apenas, aquele dia. Que, diga-se de passagem, estava muito bonito. Tinha chovido na noite anterior. A manhã era refrescante. E acontecia com a colaboração do sol no ponto exato. Em brilho e calor.



E no final do encontro barulhento, inusitado e apressado, os grupos chegaram ao consenso. Não sei qual. Mas chegaram. Posto que, de imediato, partiram juntos. E voaram em bandos. Cada grupo com suas cores e seus pares.



Quem sabe retornarão amanhã para nova discussão?



Fique do canto de minha janela apensar: nada tinha a ver com os problemas que foram discutidos pelos pássaros naquela bonita manhã. Mas agradeci por tanto barulho, por tanta vida, por tanta beleza para se olhar. E para se ouvir. E fiquei só, em silêncio, pedindo a Deus que me deixe acordar outros dias, e no mesmo horário, para observar um novo encontro.; que por certo se repetirá, pois se trata de rotina especial. A rotina inusitada. ?Que surpreende, sempre, pela beleza que se repete com o milagre da vida. Que acontece dia após dia.



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