Fui atraída pela Usina de Letras desde o primeiro momento. Estou aqui há três meses, mas o que aprendi e conquistei nesse lugar não pode ser medido pelo tempo. Encontrei aqui pessoas inteligentes, sensíveis, experientes, e principalmente pessoas amigas. Sinto-me privilegiada por partilhar este espaço com pessoas como vocês e agradeço por todo o carinho espontâneo que brota de cada um.
Tocar as pessoas não apenas no intelecto, mas em suas emoções, em sua alma é um dom próprio do s artistas, dos poetas.
Quando leio uma crônica, um conto ou um poema, é como se tivesse abrindo caixinhas-de-música ou delicados frascos de perfume. São músicas que flutuam no ar em forma de borboletas, beija-flores, gaivotas, plumas coloridas... São músicas que brilham como o luar, e tem o encanto das estrelas. São perfumes, da cidade, da serra, do mar, que se espalham na alma... São sensações de dor, alegria, amor... São sonhos. Isso é poesia!
Devemos continuar abrindo essas caixinhas de música e esses frascos de perfume. Talvez essa melodia possa abafar ruídos tantos, que afetam propositalmente nossos ouvidos. Quem sabe a essência desse perfume, anule o odor oriundo do lixo putrefato que paira nos ares... até que passe a coleta, como de costume.
Admiro, reconheço e respeito o trabalho sério de cada um de vocês.
Um abraço a todos os meus colegas de Usina
Cláudia Azevedo
28/03/2001
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