A camisa-de-vênus ganhou destaque eleitoreiro... Nas vesperais de eleições aparecem como artíficio de publicidade em comícios e comitês. Com a mudança de comportamento tendo em vista a AIDS o trabalhador foi obrigado a assumir mais um gasto: - a camisinha! Ah! os portugueses conhecem-na como durex!...
Dias destes quando saboreava um uisque caubói num boteco da Baixada, alguém que tinha o umbigo no balcão,falava:
Pó, meu, minha mulher agora não quer mais usar coprimido, quer que use camisinha.
Chateado por ter perdido a minha tranquilidade para analisar como vivem meus semelhantes, respondo-lhe:
-Coisas da vida, cara!
O descontente continua:
-Vou fazer o quê? Ficar sem...isto é que não! Sou fogoso e talvez três caixas por semana...O preço é pesado.Do meu heróico salário irão muitos barãozinhos... Fico a pensar nos cenários do velho campo aberto...A pobreza ainda predomina por todo lado.Foram-se os hotéis estrelados...A rapaziada sabatista de hoje além da conta dos botecos tem as continhas de motel. O comprimido e a camisinha têm sido distríbuidos nas alas de postos de saúde...Começo a lembrar de muitas trovas populares sobre o assunto:
No lar de pouca farinha,
já se fala em crediário...
O preço da camisinha,
não quer na cama o operário.
Camisinha não é bexiga!
Evita o sopro da vida e mais além protege contra o halito da morte.