OS PECADOS DA TRIBO (20)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes que cercam Ca, Oldívio (O)
CENA 27
( A porta de um quarto. A Ca pé ante pé. Barulho de ronco. Ca e H)
Ca: Já dormiu. Tenho muita pena dele. Não é o mesmo homem. Os últimos acontecimentos o abalaram muito. Mas, vamos à mensagem. Escute com atenção. Será necessário construir um navio imenso.
H: Não há mar, aqui.
Ca: E ainda por cima construir em segredo, para as autoridades não saibam.
H: É essa a idéia salvadora?
Ca: Eu mesma já fiz uns esboços sumários.. (barulho na rua. Arauto, em caminhão de som. H e Ca se dirigem para a janela).
SOM: Todos dia... todo indivíduo do território deve soltar foguetes. De dia os que fazem muito barulho... de noite os que soltam barulho e cores... Atenção! Essa é a Lei de Fomento da Pirotécnica... Todos os dias... todo indivíduo do território deve soltar... ( e se perde na rua. H e Ca se olham. C vem de seu quarto. Abre a porta com olhar estatelado).
C: Viram! Viram? (um estado de impotência entre os três. Então alguns criados saem e felizes, na rua começam a soltar foguetes. Em seguida uma saraivada deles. Na rua estão felizes e brincam. Funde-se essa imagem sobre os rosto de Ca e H , fundindo-se novamente para a pirotecnia da noite. H está olhando para cima, na sua maneira de enfiar a mão nos bolsos. Depois de uma longa sessão de fogos. A calma da noite. H pega canilha, pega bananas, olha a noite, grilos e silêncios. Depois de algum tempo Há percebe luzianhas que se dirigem para uma direção. H sorri. Pega uma cumbuca , acende a lamparina e sai na direção. Encontra com filas de pessoas carregando suas luminárias).
H; O que está acontecendo aqui?
P: Não sei. Tanta gente para as ruas com luzes que saímos também.
P1: Deve ser alguma festa.
(As pessoas se aproximam do lago e deixam lá sua luminárias, iluminando o lago. Sentam-se nas bordas. Começam uma canção significativa. A moça do lado de H sorri. Eles se entendem. Dão se as mãos. Tomada do do casal e a seus pés algumas luzes. Tomada do lago e todas as luzes. Tomada geral ampla. Desvanece).FIM
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